O intestino é, frequentemente, chamado de “segundo cérebro”. Que estranho! Mas cada dia temos mais informações da importância do nosso intestino interagindo com o nosso cérebro.
Por que este órgão é então costumeiramente chamado de “segundo cérebro” dentro do corpo humano? Isso acontece devido à sua complexa rede de neurônios e ao seu papel fundamental na regulação de diversas funções corporais e emocionais. Vale lembrar que o intestino possui cerca de 500 milhões de neurônios. É o suficiente para formar um cérebro próprio!
Esse sistema nervoso próprio não tem só a função de coordenar a digestão e absorção, mas ali também é produzida 90% da serotonina liberada no corpo (sim, aquela substância associada ao bem-estar), no chamado de sistema nervoso entérico, além de mais 30 substâncias químicas chamadas de mensageiros e manutenção de toda a rede de bactérias essenciais na saúde.
O intestino desempenha um papel vital na digestão e absorção de alimentos, e já foi a época em que alimentar era só sobre calorias.
O intestino é capaz de trabalhar de forma independente do cérebro, mesmo estando interconectado. Veja que essa rede de neurônios intestinais influencia tanto no humor, no comportamento e até mesmo na cognição.
O sistema límbico, aquele responsável pelas emoções, que parecia distante do intestino, tem uma conexão próxima com o sistema gastrointestinal.
Hoje sabemos que o tipo de microbiota (famílias de bactérias) que temos no intestino facilita ou complica a qualidade das habilidades cognitivas, o humor e o sistema imunológico.
Sabemos que alimentos exagerados em gordura e açúcar alteram as mensagens de recompensa no cérebro e que descontamos muitas frustrações e ansiedades na comida!
Não custa repetir: uma dieta balanceada com frutas, verduras, legumes e grãos podem resultar na diminuição dos sintomas de depressão e ansiedade. Melhorando o humor. Isso mesmo!
Todas as substâncias produzidas pelo intestino ou por suas bactérias influenciam o cérebro, e o estresse é um exemplo de como o cérebro pode afetar o intestino.
Pessoas com estresse crônico podem ter problemas gastrointestinais, como dor abdominal, diarreia ou constipação. E, é claro, ficarem de mau humor.
Então, sabendo disso, acredito que você cuidará melhor da sua alimentação e da sua hidratação, pois com certeza, seu intestino trabalhará melhor, e é claro, seu cérebro.