Como o próprio nome sugere, o Vale das Parreiras foi implantado sobre um fundo de vale, o qual, de acordo com moradores, carece de mais atenção por parte da administração pública. O motorista Jailton Santos de Santana, 53 anos, afirma que durante os seus dez anos como morador do bairro, nunca viu a Prefeitura realizando a roçada e limpeza integral da área. “Eles chegam aqui, limpam apenas o trecho próximo da via [Avenida João de Rezende] e deixam o resto para lá”, comenta. A preocupação do munícipe é com o aparecimento de bichos indesejados, o que de fato já aconteceu. “Certa vez, eu encontrei uma cobra coral na minha casa”, aponta.
Segundo ele, a população ajuda como pode cuidando dos seus quintais e contribuindo para a capinagem do fundo de vale, no entanto, ainda falta mais ação do poder público, que, em sua opinião, não deve se restringir apenas ao Executivo, mas também ao Legislativo. “Os vereadores nada mais são do que líderes comunitários. É preciso que eles cheguem junto da gente”, pondera. Com uma enxada na mão, o auxiliar geral Celso Martins, 49 anos, faz a sua parte para o controle do mato alto e se incomoda com quem utiliza a área de forma inapropriada para a criação de equinos. “Eu tento manter isso aqui limpo, mas esses cavalos soltos complicam a situação”, pontua.
A Semea (Secretaria Municipal de Meio Ambiente) informa que executa a roçada e limpeza da área regularmente e que, por se tratar de uma APP (área de preservação permanente), animais são proibidos. “O uso do local para este fim deve ser denunciado diretamente à pasta”, comunica. O telefone para contato é o 3906-5275.