No domingo de Páscoa, a manicure Luzia Soares Sorrilha, 57 anos, recebeu os três netos em casa, mas não conseguiu levá-los para passar o tempo na praça de lazer do Residencial Monte Carlo porque o local está tomado por mato alto. Assim como ela, outros moradores do bairro reclamam das condições de conservação da área, cuja limpeza não ocorre há mais de dois meses, apontam. Luzia conta que, desde então, a vizinhança aciona constantemente a administração, no entanto, nenhuma providência foi tomada até o momento. Enquanto isso, a própria população “faz o que pode” para preservar o espaço. “Só que nada disso é suficiente se a Prefeitura não fizer a sua parte”, comenta.
Isso porque, embora ela remova os entulhos descartados na praça e outros moradores cuidem das árvores ali plantadas, a necessidade mais urgente hoje é a roçada do mato, que cresceu tanto a ponto de comprometer o acesso dos munícipes ao local. A dona de casa Simone Zorzetti, 35 anos, mora de frente para a área, então observa o “abandono” do espaço diariamente. Ela diz que, por conta da situação, teme o aparecimento de animais indesejados, o que já chegou ocorrer. “Houve uma época que estava vindo cobra coral do meio do mato”, relata.
Além disso, destaca que é preciso verificar o estado dos equipamentos instalados na praça, considerando que alguns se desgastaram e apresentam aberturas que já comportam água parada, oferecendo o risco de proliferação do Aedes aegypti, o vetor da dengue. “Se fizessem a manutenção correta, a frequência da população seria muito maior, por que quem vai levar o filho para brincar em meio a um mato desse?”, questiona a dona de casa. Simone também ressalta a contribuição da comunidade para valorizar a praça, tanto que alguns vizinhos se empenharam em plantar árvores no perímetro. Contudo, qualquer tentativa de usufruir do espaço já basta para colecionar uma porção de carrapichos.
Questionada, a Sosp (Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos) informa que enviará uma equipe de limpeza ao local nesta semana.
Rua com desnível
Outro ponto que acumula água parada fica localizado na Rua Ângela Maria Caetano, onde um desnível no recapeamento favoreceu a abertura de uma vala no trecho, expõe o serigrafista Ulisses Gomes, 39 anos. Para acabar de vez com o problema, ele entrou em contato com a Sosp, entretanto, nada ainda foi feito para atender a sua reclamação. “Como a Prefeitura não toma partido, eu que acabo sendo cobrado pela população pelo fato da vala estar próxima do meu imóvel”, denota.
Procurada pela reportagem, a Sosp pontua que realizará nesta semana uma operação tapa-buracos nas vias do bairro em questão.
Estrutura do bairro
Ano de implantação: 2000
Área de loteamento: 152.329 m²
Área verde: 15.264 m²
Quadras: 21
Construções: 284
Terrenos baldios: 28
População estimada: cerca de 900 pessoas
SERVIÇO
A população pode promover suas reclamações, críticas e elogios sobre o bairro em que reside. O contato deve ser feito com os profissionais da Pauta, por meio do [email protected], do telefone 2104-3732 ou do WhatsApp 99104-8537.