Vitrola de “Ainda estou aqui” saiu de Prudente, revela Selton Mello à revista

Segundo ator, toca-discos foi emprestado por um membro da família Paiva, retratada na história; produção recebeu 3 indicações ao Oscar nesta quinta

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 23/01/2025
Horário 16:58
Foto: Reprodução
Cena do filme “Ainda estou aqui” em que aparece vitrola saída de Prudente
Cena do filme “Ainda estou aqui” em que aparece vitrola saída de Prudente

Em uma entrevista concedida para a revista Carbono Uomo, o ator Selton Mello, que integra o elenco do filme "Ainda estou aqui", informou que a vitrola que aparece no cenário da produção saiu de Presidente Prudente, emprestada por alguém da família Paiva, retratada na história. O filme foi indicado nesta quinta-feira a três categorias do Oscar: melhor filme, melhor filme internacional e melhor atriz (Fernanda Torres).

A publicação questiona Selton sobre a reconstituição da época em que o filme se passa.

"A vitrola que você vê no filme não era apenas uma vitrola. Era uma vitrola que alguém da família [Paiva] emprestou. E que veio lá de Presidente Prudente... Tudo era real. Os objetos tinham vida. Era tudo com vida", responde Selton.

A reportagem de O Imparcial tentou mais detalhes sobre a origem da vitrola com a Conspiração Filmes, produtora de "Ainda estou aqui", mas não obteve resposta.

Fotos: Cedidas - Entrevista de Selton Mello para a revista Carbono Uomo

Cinema brasileiro no Oscar

Pela primeira vez na história, o cinema brasileiro conquistou uma indicação ao Oscar de melhor filme. Antes, o país já havia sido representado por "Central do Brasil" com indicação na categoria de melhor filme internacional. A cerimônia de entrega do prêmio acontece no dia 2 de março.

De acordo com a Secretaria de Comunicação Social do governo federal, o filme, lançado em 2024, liderou as bilheterias brasileiras, atraindo mais de 2,9 milhões de espectadores. Reconhecido globalmente, coleciona prêmios em importantes festivais internacionais. No Festival de Veneza, venceu melhor roteiro e recebeu o Green Drop Award. Também conquistou o Prêmio do Público no Vancouver International Film Festival, no Mill Valley Film Festival e no Miami Film Festival GEMS. Na França, durante o Festival de Pessac, levou o Prêmio Danielle Le Roy e o Prêmio do Público, confirmando sua força entre críticos e audiências.

O roteiro narra a trajetória de Eunice Paiva, que teve o marido, o ex-deputado federal Rubens Paiva, levado de casa em 1971 e morto pela ditadura militar brasileira. O percurso dela e de sua família em busca de informações sobre o que realmente ocorreu se tornou símbolo da luta pela verdade e pela defesa dos direitos humanos.

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