Em dois dias evento ofereceu ao público uma diversidade de atrações de estilos e gêneros musicais, dança, artesanato e artes visuais, em dois locais diferentes
Mais de 10 mil pessoas, entre jovens, adultos, crianças, ou seja, famílias inteiras ou turma de amigos tomaram o Parque do Povo, no sábado, e o Centro Cultural Matarazzo, no domingo, para apreciar as apresentações dos artistas prudentinos que compuseram a programação da Virada do Centenário de Presidente Prudente. Segundo o coordenador do evento, Adolfo Tiago Ferreira Lima, o tio Chimu, a expectativa foi superada para além do que esperavam. Na primeira noite, como já era esperado no palco principal, o que se viu foi uma diversidade de estilos e gêneros musicais começando com a banda Ravena levantando a galera com hits sertanejos e axé. Na sequência, Mateuzinho e os Umbigaê abusou do soul, flertando com o hip hop e o afoxé.
Elly Guimarães, a “golinha de ouro do oeste paulista” agitou ainda mais o público com sua alegria contagiante ao som de clássicos do samba interpretando os saudosos Cartola, Noel Rosa, Nelson Cavaquinho e Paulinho da Viola.
Saudosistas dos sucessos sessentistas e setentistas também foram agraciados com a interpretação de Julio Vidotto e a banda After The Beatles que levaram para o palco clássicos das lendas de Liverpool, Paul McCartney, John Lennon, George Harrison e Ringo Starr.
Sabiru e as Mulatas tomaram o Palco Multi com o repertório recheado de compositores tradicionais como Ataulfo Alves e Zé Ketty, a sambas-enredos consagrados das escolas de samba de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Da Silva, outro expoente da música prudentina também chamou a galera para dançar.
Peso do rock
A multidão aumentou quando foi se aproximando a hora das duas atrações finais do sábado, das bandas Semon e Karburalcool, que contagiaram o público com o peso do rock. A programação da primeira noite da Virada Cultural se encerrou à 1h como foi programada pela organização do evento e instituições parceiras como Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, entre outros órgãos.
“O objetivo desta Virada do Centenário era valorizar o talento dos artistas prudentinos, e ficamos muito felizes por constatar que a população abraçou a ideia e compareceu em peso ao evento. Logicamente poderemos fazer alguns ajustes para as próximas edições, mas a tônica desta administração será enaltecer a qualidade dos artistas da nossa cidade”, declarou o prefeito Nelson Roberto Bugalho (PTB), que prestigiou in loco boa parte da programação da Virada do Centenário.
2º dia da Virada
O Centro Cultural Matarazzo é, indiscutivelmente, a casa da Cultura em Presidente Prudente. E no domingo esta identidade foi evidenciada ainda mais. No segundo dia da Virada a sensação do público participante foi de um mergulho nas diversas manifestações artísticas como artesanato, música erudita, canções populares, teatro, contação de histórias, literatura, grafitagem, cinema.
Segundo a Secom (Secretaria Municipal de Comunicação) o secretário Municipal de Cultura, José Fábio de Sousa Nougueira, se mostrou “comovido” com o saldo desta edição do evento. Para ele, a satisfação em ver os artistas locais sendo reconhecidos pela comunidade “é inestimável”. “Essa é a virada de que mais tenho orgulho. A administração municipal foi corajosa em propor um evento com este formato e o sucesso foi surpreendente”, declarou.
A orquestra municipal de Viola e o encontro de violeiros abriram a programação na manhã de domingo, promovendo o resgate da cultura do sertanejo de raiz, divulgando, difundindo e expandindo com beleza ímpar a moda de viola! A programação da tarde foi tomada pela música dos grupos de referência do Projeto Guri e dos grupos da Escola Municipal de Artes Jupyra Cunha Marcondes, que encantaram o público presente no Teatro Paulo Roberto Lisbôa.
A Cia. Mudança apresentou o CDPouP - Centro de Detenção Provisória ou Permanente, um trabalho de dança contemporânea que traz à cena uma dramaturgia inspirada na condição de enclausuramento social, prisão e uma liberdade utópica vivida pela sociedade humana atualmente.
Outro destaque na programação foi a apresentação da Escola de Capoeira “Angoleiros do Sertão”, que desenvolve trabalhos com Capoeira de Angola e Samba Rural por meio da educação. Paralelamente, o Espaço Laje, a Sala de Cinema Condessa Filomena Matarazzo, a Biblioteca Municipal, a Sala Infantil, a Galeria Takeo Sawada e o Boulevard Os Sombras e os Temperamentais receberam várias atividades voltadas a todas as idades. A programação se estendeu até às 20h.
“Tivemos apenas um imprevisto no domingo quanto ao espetáculo infantil ‘A Cigarra e a Formiga’ que acabou não sendo apresentado por conta de um dos atores ter sofrido um acidente. Mas, as crianças não ficaram sem diversão participando de contação de histórias e com recreação interativa”, expôs tio Chimu.
Olho
Essa é a virada de que mais tenho orgulho
José Fabio de Sousa Nougueira,
titular da Secult