A agressão e a violência contra mulheres são problemas sérios e inaceitáveis que requerem atenção e ação imediata. É importante que as vítimas tenham acesso a apoio emocional e prático para lidar com essas situações. Infelizmente, na grande maioria dos casos, a violência ocorre de forma velada, sendo o agressor, justamente, a pessoa que deveria protegê-la e cuidá-la acima de tudo.
Seja qual for o tipo de agressão, a mulher deve procurar ajuda. Sabemos também que, em muitas situações, ela depende de seu agressor financeiramente e, até mesmo, emocionalmente. Ela acredita profundamente em uma mudança de comportamento por parte dele, e sofre calada, tentando preservar a instituição familiar intocada, pensando também nos filhos.
Sofrer qualquer tipo de violência destrói a autoestima da vítima. Ela acaba se diminuindo a tal ponto que acredita não ser possível sobreviver fora daquele ambiente devastador que ela, muitas vezes, continua considerando um lar. Portanto, é importante conscientizar as pessoas sobre as formas de agressão, salientando, sempre, que ela não se limita à violência física.
Desta forma, ações que vão ao encontro do restabelecimento da dignidade dessas mulheres são de extrema valia para toda a sociedade. Na edição de hoje, O Imparcial traz um exemplo: a LBV (Legião da Boa Vontade) está intensificando seu atendimento psicológico online gratuito, que faz parte do programa Ser Mulher, para pessoas do gênero feminino a partir dos 12 anos, priorizando aquelas que se encontram em situação de pobreza. Segundo a assistente social da entidade em Presidente Prudente, Camila Alves, mais de 18,6 milhões de mulheres foram agredidas no Brasil, no ano passado.
Por dia, esse número representa um estádio de futebol lotado. Uma média de 50 mil vítimas sofrendo algum tipo de violência diariamente. O número é alarmante, e somente com a união de esforços de toda a sociedade conseguiremos impedir de vez que tantas mulheres continuem sobrevivendo de maneira tão terrível e tão distante do amor.