Começou ontem, a 18ª edição do Fejacan (Festival Jacarezinhense da Canção), promovido pelo Sesc Paraná e Prefeitura de Jacarezinho (PR). Hoje, quem sobe ao palco do Cine Teatro Iguaçu, em Jacarezinho, é o violeiro Bruno Sanches, de Regente Feijó, que foi selecionado entre 166 inscrições, de 13 Estados brasileiros, via edital.
O evento celebra a música autoral brasileira, com obras entre canções e músicas instrumentais. “É um festival super importante porque é para autores que não têm espaço na grande mídia. Esse tipo de festival é muito importante por fazer a nossa música circular e torná-la mais conhecida”, ressalta Bruno.
Nesta edição, 26 músicas inéditas de artistas de diferentes partes do país foram selecionadas via edital. Com a participação de músicos dos Estados do Paraná, São Paulo, Bahia e Minas Gerais, o festival oferece um panorama abrangente da música brasileira.
As canções que Bruno apresenta hoje são “Minha Voz” (Bruno Sanches e Luis Antonio Sanches) e “Anseios Errantes” (Bruno Sanches). Na apresentação, Bruno vai tocar a viola de 12 cordas, diferente da viola tradicional caipira que é de dez cordas.
Bruno tem 36 anos de idade, 15 deles dedicado à música profissional. “Comecei com a viola na universidade. Fiz faculdade de música na USP (Universidade de São Paulo) e durante o processo da graduação, me interessei por tocar viola e comecei a estudar viola. Eu fazia licenciatura em música e me transferi para bacharelado em música com habilitação em viola caipira”.
Hoje, Bruno, além das apresentações musicais, também é professor de música - tem uma escola de viola on-line, também trabalha com grupos e aulas coletivas.
O violeiro mistura elementos da música rural e urbana, brasileira e latino-americana e preserva seu sotaque caipira na maneira de cantar. Bruno tem como referência músicos como João Bosco, Badi Assad, Elomar e Juan Quintero.
Seu repertório vem com reflexões sociais, políticas e existenciais através de composições autorais, releituras de obras consagradas do cancioneiro brasileiro e a defesa da preservação do sotaque do interior paulista em sua maneira de cantar.
Natural de Espigão, distrito de Regente Feijó, Bruno só saiu de lá para estudar. Atualmente mora na zona rural de Regente Feijó.