Vigilante rodoviário

Sandro Villar

O Espadachim, um cronista contra a gota e a goteira

CRÔNICA - Sandro Villar

Data 20/02/2025
Horário 05:30

Quem tem mais de 70 anos - ou mais de 70 carnavais - certamente se lembra do seriado "O  Vigilante Rodoviário" que a TV Tupi apresentou nas décadas de 60 e 70 do século passado. Estrelado pelo ator Carlos Miranda, alto e bonito, o vigilante em questão caiu no gosto popular. Quer dizer: dava enorme audiência, Ibope lá em cima.
A bordo do seu Simca Chambord e sempre acompanhado pelo cachorro Lobo, um pastor alemão, o vigilante não dava moleza aos meliantes nas estradas que ele patrulhava. Se fosse o caso, ele saía no tapa com os bandidos. Claro, nessas horas o mocinho sempre vence o bandido. 
Isso lembra o compositor Cartola: "Eu sou como o mocinho, só venço no final", dizia o autor de "As Rosas Não Falam'. Também era assim com o vigilante rodoviário, expressão que caiu em desuso e, hoje, a "Grande Emprença" prefere os surrados guarda rodoviário e policial rodoviário.
Além de Miranda, o seriado tinha um elenco respeitável e lá estavam, entre outros, Rosamaria Murtinho e Ary Toledo. "O Vigilante Rodoviário" foi o primeiro seriado produzido pela televisão na América Latina. Entrou para a história da televisão. 
Carlos Miranda tinha afeição pelo cão Lobo e chegou a manifestar satisfação quando o cachorro teve, digamos, um "caso' com uma cadela. Lobo mandou ver no pega pra capar canino, mas não me lembro de notícias dando conta de que a cachorra teve lobinhos, quer dizer, filhotes. Aliás, coito de cachorro/cadela é pega pra capar mesmo (às vezes até enrosca).
O ator encarnou o personagem de tal forma que, quando acabou o seriado, entrou para a Polícia Militar. Da ficção para a realidade. Miranda morreu no último fim de semana. Tinha 91 anos. Já idoso e de cabeça branca ele, que era tenente-coronel, deu um lindo depoimento. Falou da profissão e demonstrou enorme respeito pela população, deixando claro que o papel da polícia é aquele já bastante conhecido: ajudar o cidadão também na estrada.

DROPS

Ao contrário do Netanyahu, a faxineira não faz limpeza étnica.

Passou vergonha na conferência e foi embora com a cauda entre as tíbias e os perônios.

Aliás, quem tem cauda também gosta de calda.

Caldo de galinha e caldo de cana não fazem mal a ninguém.

Quer comer bem? Restaurante, churrascaria e casa de carnes Mithan Sato, do André Sato. Petiscaria também no cardápio no almoço e no jantar. Porções generosas.  Dois endereços: Rua Eugênio Corazza, 487, J. São Geraldo, e Av. Ana Jacinta, 1.743. Fones: 3217-3287 e 3906-3055. Sabor e qualidade. 

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