Vidas ceifadas, famílias destruídas... E a irresponsabilidade ao volante continua

EDITORIAL -

Data 28/02/2024
Horário 04:15

Álcool e direção não combinam. E isso não é nenhuma novidade. Todos os dias, pelo mundo afora, inúmeros acidentes de trânsito acontecem por aí, ceifando vidas, encerrando sonhos e destruindo famílias. Grande parte deles, por pura imprudência, irresponsabilidade dos motoristas. Além de não respeitar a sinalização, deixar de colocar o cinto de segurança, fazer manobras proibidas e usar o celular ao volante, dirigir embriagado ainda é, infelizmente - mesmo com a instituição da Lei Seca, em 2008 –, muito comum e responsável por grandes tragédias.
O motorista que para em uma blitz policial ou que se envolve em um acidente pode se recusar a realizar o teste de bafômetro, mas não está livre de punições. É considerada uma infração gravíssima. Ele receberá o mesmo tratamento dado ao condutor comprovadamente embriagado. Além de ser multado em R$ 2.934,70, o motorista que evita o exame tem o carro e a carteira de habilitação apreendidos. A diferença é uma só: ele não vai preso (neste caso, a pena quando um motorista passa por um processo que sinalize uma concentração de 0,6g de álcool por litro de sangue ou de 0,3 mg de álcool por litro de ar alveolar varia de seis meses a três anos).
Em Presidente Prudente, de acordo com dados do Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito), divulgados na edição de ontem, o índice de motoristas parados que se recusaram a fazer o teste de bafômetro em 2023 foi mais que cinco vezes maior que em 2022.
O órgão informa que as fiscalizações de ODSI (Operação Direção Segura Integrada), de combate à alcoolemia, realizadas em parceria com as polícias Militar, Civil e Técnico-Científica, registaram 272 recusas ao teste em 2023 no município, enquanto em 2022, foram 49. Ou seja, 223 recusas a mais, em um ano.
O que pensam? “Já que a multa será imposta de qualquer forma, então o melhor é não fazer o teste, pois pelo menos assim não serei condenado criminalmente”. Inaceitável! Um pensamento egoísta, de alguém que não se preocupa com a vida, muito menos com a do próximo. O ideal, recomendável e prudente é não dirigir estando sob influência de bebida alcóolica ou qualquer outra substância capaz de alterar a capacidade psicomotora. É um absurdo que acidentes ainda aconteçam porque alguém atrás do volante teve a irresponsabilidade de beber antes de dirigir. Bebida e direção não combinam. Com a vida não se brinca!
 

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