O ator, escritor e cineasta, Vicentini Gomez, esteve em Presidente Prudente hoje especialmente para ministrar palestras no Colégio Átomo. O artista ainda deverá dar sequência a uma série de visitas em cidades do oeste paulista por volta da terceira semana de setembro, na cidade no Colégio Esquema School, na Etec de Presidente Venceslau e em colégios de Santa Cruz do Rio Pardo (SP) e Ourinhos (SP). “A direção do Colégio Átomo é sempre entusiasta com a arte, a literatura e o cinema. Todas as oportunidades em que passei por Prudente apresentando projetos novos, independente da área, sempre contei com o entusiasmo de seus diretores e professores. Isso nos estimula a visitar a cidade e trazer as últimas novidades de nossa produção e oferecer novos projetos”, ressalta o artista prudentino, que mora há anos em São Paulo (SP).
O escritor ministrou a palestra “Papo de Escritor – Aprender Brincando”, pela qual apresenta de maneira divertida e descontraída aos alunos, divididos por faixa etária, com vocabulário próprio para cada idade, o paradigma da escrita, numa viagem desde a Grécia antiga ao que de mais moderno existe no ato de escrever. Ele autografou livros também.
“Os pequenos embarcam no jogo proposto pelo escritor e ator, e ao final acabam participando da escrita de uma crônica do cotidiano, percebendo que o ato de escrever precisa de imaginação e de metodologia, que aplicados corretamente permitirá a todos os presentes entender o mecanismo e praticar com desenvoltura a produção textual”, expõe.
Vicentini visualiza um cenário em que o aluno precisa de estímulo para ter interesse pelas artes e literatura. Ele menciona que quando um artista que está no ar, em uma novela, se apresenta ali no auditório de sua escola, ou mesmo no pátio, gera um estimulo especial das crianças/adolescentes em estarem perto daquele personagem que assistem todo dia na televisão.
“Isso provoca uma curiosidade para aprender novas linguagens e novas técnicas que normalmente não está ao seu alcance. Esse intercâmbio gera uma troca excepcional, tanto para o aluno, como para o professor e o artista”, acentua ele.
Aliás, falando em última produção, ela está fresquinha, acabou de sair do forno, conforme expõe Vicentini, o livro “A Vaca Fumaça” colorido. Por que colorido? Porque ele diz que descobriu que as esferas governamentais, federal, estadual e municipal só compram o livro se este for colorido. “Eles não compram para colorir. Então fiz colorido com algumas alterações. Em breve estarei lançando a segunda edição do ‘Café com Leite’ e do ‘Cenas Femininas’”, salienta o escritor, relacionando o que tem de mais recente em relação à literatura.
Ele adianta que tem filmes novos em andamento, os projetos roteiro estão prontos, finalizado, aguardando a decisão da Lei Paulo Gustavo e da Lei Aldir Blanc para que possa começar a filmar. Ele acredita que em janeiro, fevereiro, deva estar filmando, inclusive, um dos filmes será na região de Prudente. “Espero que a gente consiga viabilizar essa questão. ‘Doutor Hipóteses’ ganhou mais um monte de prêmios, estou mais uma vez indicado, finalista”. Amanhã tem a decisão na Índia de mais um prêmio, no qual ele é finalista como melhor ator. E ganhou mais três prêmios na França: Melhor Ator, Melhor Diretor e Melhor Filme Experimental.
“Temos algumas coisas ainda de festivais do ‘Doutor Hipóteses’ em andamento, até o mês que vem, para decidir. Estamos finalistas em mais dois festivais como melhor ator. É um filme que me deu muitas alegrias e o ‘Doutor Hipóteses 2’ fala sobre o pós-pandemia, sobre o tal doutor, dentro da clínica dele, com os bonecos. É uma doideira, muito interessante”, frisa.
Vicentini conta que durante essa semana em que ficou hospedado num sítio em Regente Feijó, deu andamento a um novo roteiro cinematográfico, uma comédia muito divertida, que conta uma história muito doida, muito louca, sobre cidadão que diz que quando morrer, não quer velório, não quer tristeza, ele quer festa. Ele escreveu aproximadamente 20 novas páginas.
“E essa festa acontece. Está ficando muito divertido. Acredito que mais umas 30 páginas aí eu termino de fazer o rascunhão e começo a fazer o tratamento número. Continuo escrevendo três a quatro horas por dia e em breve talvez teremos até o final do ano, um novo livro que á muito interessante. Eu não posso dar spoiler agora, mas é sobre o homem nesses tempos de pandemia e pós-pandemia”, adianta.
Cedida
Após a palestra, ele ainda autografou livros no local
