Os vereadores de Rosana, Cícero Simplício (PTB), Filomeno Carlos Toso (PTB), Valdemir Santana dos Santos (PPS), conhecido como Demi da Gleba, e Walter Gomes da Silva (SSD), que estão afastados de seus cargos e permaneceram 10 dias presos na cadeia pública de Presidente Venceslau, podem chegar a, no máximo, 50 metros da prefeita Sandra Aparecida de Souza Kasai (PSDB) e também do procurador-geral do município, César Augusto Pereira.

A decisão foi tomada na segunda-feira, pelo juiz Adriano Camargo Patussi, do Foro de Rosana. Segundo despacho do magistrado, o grupo é investigado por "eventual cometimento de crime de denunciação caluniosa e organização criminosa", que teriam sido cometidos contra a chefe do Executivo e contra o procurador.

Após os 10 dias de prisão, os policiais civis responsáveis pelo caso apresentaram relatório apontando que não havia a necessidade de que o grupo permanecesse detido, porém, a medida cautelar confirmada pelo juiz foi pedida pelo MPE (Ministério Público do Estado) da cidade.

"Ante os fatos relatados nos autos, inclusive com alegação das vítimas de temer pela sua segurança, bem como pela opinião do Ministério Público, aplico-lhes as medidas cautelares diversas da prisão, consistentes na proibição de se ausentar da comarca e de não se aproximar das vítimas fixando para tal, a distância de 50 metros", detalha a decisão do magistrado.

 

Operação Kratos

O inquérito policial relativo à Operação Kratos, realizada pela Polícia Civil, que investigava os quatro vereadores, foi concluído na segunda-feira. "Não houve necessidade de pedido de prisão preventiva e o resultado da investigação foi encaminhado para o Fórum da cidade", explica o delegado Edmar Rogério Dias Caparroz, responsável pelos trabalhos. Além das denúncias mencionadas pelo juiz de Rosana, o grupo também está envolvido nas investigações da Operação Devassa, que investiga o suposto desvio de verbas pelos parlamentares.