A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de Presidente Prudente deu início, ontem, feriado municipal de São Sebastião, a um mutirão de combate ao
Aedes aegypti – mosquito transmissor da dengue, do zika vírus e da febre chikungunya – no setor 4 da cidade, área mais afetada com casos dengue, e região onde também morava o aposentado José Cláudio da Silva, 64 anos, que faleceu em decorrência de dengue hemorrágica neste ano.
A ação recolheu materiais inservíveis que podem acumular água e servir de criadouro do mosquito, e ocorreu entre 8h e 17h, com partida da ESF (Estratégia de Saúde da Família) do Parque Alvorada.
Conforme a Secom (Secretaria Municipal de Comunicação), a área 4 compreende, além do Alvorada, o jardins Itapura II, Cambuci, Itatiaia, São Domingos, Vila Líder, Jardim Brasília, Vila Paulo Roberto, Planalto, Planaltina, Nova Planaltina, Santa Mônica, Paraíso, José Rotta, Sumaré, Souza Reis e Marisa.
Agentes da VEM percorrem casas em busca de criadouros do mosquito
A ação conta com parceria da VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal) e da Prudenco (Companhia Prudentina de Desenvolvimento), que disponibilizou caminhões e pessoal para realizar a coleta. "Declaramos guerra contra o mosquito. A situação é séria e precisamos que as pessoas colaborem, em prol delas mesmas", comenta a educadora de saúde da VEM, Elaine Bertacco.
De acordo com ela, cerca de 70 pessoas estão envolvidas no trabalho. Para recolher os materiais separados, os agentes comunitários da ESF do Parque Alvorada percorreram as residências entre segunda e terça-feira para orientar a população.
O serviço no setor deverá ser concluído em mais duas etapas, nos dias 23 e 30 de janeiro. "Voltaremos para fazer a limpeza naquelas casas que contêm número exorbitante de entulhos, como de alguns idosos", explica Elaine.
Segundo o diretor de Controle de Endemias da VEM, Jairo Benvenuto, o trabalho já foi feito em aproximadamente 30% da área. "Já realizamos mutirões anteriores por aqui. É imprescindível que todos ajudem. Vivemos uma situação muito crítica", comenta.
Ainda segundo o diretor, após concluída a tarefa na zona 4, outro setor que apresenta grande número de registros de dengue será visitado pelo mutirão. "Não está definido, por enquanto", diz.
População
A reportagem esteve no local, percorreu parte dos bairros contemplados e pode constatar que várias pessoas já foram vítimas do mosquito vetor. É o caso de Regina Fernandes Andrade, 58, diarista e moradora do Jardim Nova Planaltina. "Minha filha e eu tivemos dengue há uns seis meses", afirma.
O esposo da dona de casa Íris Lopes dos Santos, 56, moradores do mesmo bairro, também foi afetado pela doença. "Esse mutirão vem em boa hora para tentar amenizar a situação por aqui", frisa.
