Mais um mutirão de combate ao
Aedes aegypti (transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya)
, o terceiro neste ano, foi realizado ontem pela VEM (Vigilância Municipal Epidemiológica), na área 1 de Presidente Prudente, que compreende os bairros Ana Jacinta, Anita Tiezzi, Mário Amato, Monte Carlo e Jardim Prudentino. Outras ações ocorreram em vários pontos da cidade, como no Parque Residencial Nosaki, promovido pela Associação de Moradores, onde fizeram recolhimento de recipientes e distribuíram informativos com os sinais e sintomas da dengue.
Logo pela manhã, partiram da Escola Municipal Karina Athia Krasucki, 90 agentes da Estratégia Saúde da Família (ESF); 80 da VEM; 32 da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias); e 24 da Prudenco (Companhia Prudentina de Desenvolvimento) em seis caminhões, além de vários voluntários.
6 caminhões da Prudenco ficaram repletos de entullho
Divididos em equipes por setores, os agentes percorreram todo o dia a área mais afetada pela problemática da dengue, conforme Elaine Bertacco, agente de Saúde da Vigilância Epidemiológica. Mais uma vez, ela pontua que as equipes realizam as ações de acordo com o mapeamento delimitado da cidade. E que uma vez trabalhado em determinada área, os caminhões não mais retornam ali, então, por isso pede aos moradores que coloquem para fora de suas casas tudo que não está em uso e pode ser um criadouro do mosquito.
"É preciso que todos entendam que nós não fazemos limpeza na casa de ninguém. Caso percam o dia em que passamos, basta ligar na Prudenco para que a equipe vá recolher. Este é o momento de mudança geral de comportamento. O mundo inteiro está com os olhos voltados para nós . Se cada um não fizer a sua parte e não nos unirmos de fato na causa, fica difícil ganharmos a batalha", ressalta Elaine.
Medo e prevenção
De acordo com Elaine, o mosquito está cada vez mais resistente. A Sucen monitora as cidades com armadilhas onde os insetos colocam os seu ovos. Dali, um a um é contado e um relatório encaminhado para a superintendência em Marília. Lá é feito todo um estudo, minucioso, sobre o comportamento do
Aedes em cada cidade.
"O mosquito que tínhamos aqui em Prudente era bastante sensível, podendo ser exterminado facilmente de várias formas. Hoje, ele já coloca seus ovos infectados. Ou seja, é ou não para se ter consciência de que o assunto é sério?", indaga a agente de Saúde.
O segurança Alexandre Pereira, 27 anos, acordou bem cedo e já estava à espera da equipe. "O momento é muito preocupante. Muita gente parece que ainda não entendeu que o pior não acontece apenas na casa do vizinho, e o quanto a situação é grave", ressalta.
Ação conjunta
Os vereadores da 16ª Legislatura da Câmara Municipal de Presidente Prudente e membros da Associação Comercial e Empresarial (Acipp), também arregaçaram as mangas e, juntamente com voluntários, inclusive membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia e 60 alunos do Colégio Adventista, realizaram um mutirão de combate ao mosquito na região dos jardins Eldorado e Belo Horizonte e das Rosas.
Os participantes fizeram visitas em cada residência, recolhimento de lixo, relatório técnico que consta, por exemplo, se a casa estava aberta ou fechada, terreno com muito entulho, ou se o morador se recusou a receber a equipe. E para o complemento do mapeamento já feito na cidade, um relatório com a verificação e análise de possíveis focos no local, como baldes, calhas com água de chuva, lixeiras, piscinas, plantas com acúmulo de água, ralos de banheiros e cozinha, tampinhas, casca de ovo, entre outros.
Este mutirão ocorre após reuniões entre os vereadores com o MPE (Ministério Público do Estado), por meio do promotor de Justiça Mário Coimbra, e a Defesa Civil, além do Comitê de Combate à Dengue.