Velocistas brasileiros recebem bronze de Pequim-2008

Equipe do revezamento 4x100 m, composta por Bruno Lins, José Carlos Moreira, Sandro Viana e Vicente Lenilson, subiu ontem ao pódio, na Suíça

Esportes - DA REDAÇÃO

Data 01/11/2019
Horário 05:07
Christophe Moratal/COI - Após 11 anos, quarteto brasileiro do atletismo recebeu ontem as medalhas de bronze de Pequim-2008, em cerimônia no Museu do Comitê Olímpico Internacional
Christophe Moratal/COI - Após 11 anos, quarteto brasileiro do atletismo recebeu ontem as medalhas de bronze de Pequim-2008, em cerimônia no Museu do Comitê Olímpico Internacional

A equipe masculina do revezamento 4x100 m (metros) recebeu ontem as medalhas de bronze dos Jogos Olímpicos de Pequim-2008, em cerimônia realizada no Museu do Comitê Olímpico Internacional, em Lausanne, na Suíça. Esta é a 17ª medalha olímpica do atletismo nacional na história.

O alagoano Bruno Lins, que treina e mora em Presidente Prudente; o maranhense José Carlos Moreira (Codó), que também treina em Prudente; o amazonense Sandro Viana; e o potiguar Vicente Lenílson representaram a força do Norte e Nordeste do país, ao serem premiados depois de 11 anos de espera.

O terceiro lugar da equipe brasileira foi confirmado no ano passado (2018), após Nesta Carter, que competiu no revezamento da Jamaica, ser desclassificado da competição, por exames refeitos com nova tecnologia de antidopagem. O atleta recorreu ao CAS, mas não foi atendido.

Com a desclassificação oficial, a equipe de Trinidad & Tobago, que havia sido a segunda colocada com 38.06, herdou o primeiro lugar e as medalhas de ouro. O Japão passou de terceiro para segundo, com 38.15. E o quarteto do Brasil, que fez 38.24, melhor resultado naquela temporada, ficou com o bronze.

“A FICHA NÃO HAVIA CAÍDO ATÉ RECEBER A MEDALHA. VOCÊ VÊ UMA HISTÓRIA, PASSA UM FILME NA SUA CABEÇA, VÊM AS LÁGRIMAS. AGORA POSSO DIZER QUE SOU RECONHECIDO COMO UM MEDALHISTA OLÍMPICO”

Bruno Lins

Os brasileiros subiram ao pódio montado no Museu Olímpico e receberam as medalhas das mãos de Bernard Rajzman, membro do COI (Comitê Olímpico Internacional) e um dos ícones da Geração de Prata do vôlei brasileiro em Los Angeles-1984. Rogério Sampaio, campeão olímpico de judô em Barcelona-1992 e diretor geral do Comitê Olímpico do Brasil, também esteve presente.

PARA ATLETAS, DIA

FOI “PURA EMOÇÃO”

O clima foi de muita emoção, como não poderia ser diferente. “A ficha não havia caído até receber a medalha. Você vê uma história, passa um filme na sua cabeça, vêm as lágrimas. Agora posso dizer que sou reconhecido como um medalhista olímpico”, comentou Bruno Lins. “Em 2008, a Maurren [Maggi] havia sido campeã olímpica do salto em distância e entramos na prova para ganhar uma medalha. Aí veio o quarto lugar, um banho de água fria, que agora está no passado”, completou.

Sandro Viana comentou que “este é um dia muito feliz”. “Tudo que fiz pelo esporte nos últimos 20 anos é recompensado. Sou de Manaus, vendi tudo para um belo dia chegar aos Jogos Olímpicos. Minha vida mudou. Recebi a notícia da medalha e agora é só emoção”.

Já Codó destacou a energia do Museu Olímpico. “A cerimônia foi espetacular. A energia foi superpositiva e me emocionei muito. Não foi num estádio olímpico, mas no Museu do COI. É muita história reunida num só lugar. Estou muito feliz”, concluiu.

Já Vicente Lenílson, que havia sido prata no 4x100 m dos Jogos Olímpicos de Sydney-2000, recebeu a sua segunda medalha olímpica. “É um momento único. Me junto ao grupo restrito de brasileiros com duas medalhas. Só tenho a agradecer a todos que lutaram para que essa justiça fosse feita, como o COB [Comitê Olímpico do Brasil] e a CBAt [Confederação Brasileira de Atletismo]”, comentou. A Caixa é a Patrocinadora Oficial do Atletismo Brasileiro.

 

 

 

 

 

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