Anteontem, que pensei ser a antevéspera do fim do mundo, foi comemorado o Dia do Idoso. Em suma: o dia dos velhinhos. Ou o dia dos anciões (ou anciãos), coroas, cabeças brancas e por aí vai. O Brasil tem pouco mais de 32 milhões de idosos, o que representa 14,7% da população, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Eu, por exemplo, compro briga se me chamarem de idoso até porque tenho apenas 38,5 anos... em cada perna. Pois é, dona Zezé, o tempo passa, o tempo voa e temos que aceitar a velhice numa boa. Nessa fase da vida passamos a frequentar mais farmácia do que bar, como disse o Ruy Castro.
E o cronista Luis Fernando Veríssimo não deixou barato e lascou: "A velhice é uma "eme". Na verdade, ele falou outra palavra, que nomeia "aquilo em que mosca gosta de pousar". A população brasileira, hoje com cerca de 220 milhões de habitantes, está envelhecendo.
Isso todo mundo sabe e há algumas explicações para o envelhecimento. Há diversos fatores, como, por exemplo, o avanço da medicina e a redução da taxa de fecundidade. Como, minha senhora, redução da taxa de fecundidade? Vai ver os maridos não estão funcionando regularmente, como dizia o poeta Vinicius de Moraes.
Bom lembrar: há aumento da demanda por serviços de saúde e redução da proporção de jovens trabalhando. São desafios que o país enfrenta. Será que a Previdência Social corre riscos? Só o tempo dirá. Pouca gente trabalhando e muita gente aposentada. Um problemão.
A meu ver, a velhice é um período delicado da nossa existência. O velho tem passado e pouco futuro, como é óbvio. É assunto para geriatra. Prepare-se para a velhice ou para o ocaso da vida (nossa, isto ficou poético).
Velharada, é o seguinte: divirta-se no baile da melhor idade antes chamada de terceira idade. Leva o Azulzinho no bolso e tente aumentar a população. Ou já faz tempo que o ilustre já não funciona regularmente?
DROPS
A camada de ozônio é mais em cima.
Irã vs Israel. Coloquem as barbas de molho.
Irã irado, iracundo e irascível sem Iranildos.
A humanidade não está se comportando bem.
(Ronald Golias, comediante)