No dia 9 de junho, o Instituto Adolfo Lutz confirmava o primeiro caso de varíola dos macacos no Brasil. Apesar de ser considerada muito mais branda e menos contagiosa do que a versão humana - que foi erradicada no país há mais de 40 anos -, a doença tem se espalhado rapidamente pelo mundo. Até segunda-feira, no país, já eram mais de 1,3 mil casos.
Nestes quase dois meses, desde a primeira confirmação ocorrida em São Paulo, diversas notícias sobre o assunto têm sido publicadas em O Imparcial. No último dia 23, por exemplo, o diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou que a varíola dos macacos configura emergência de saúde pública de interesse internacional.
Na quinta-feira, com o objetivo de reunir experiências e dados disponíveis, permitindo acelerar o desenvolvimento e ações que envolvam pesquisas clínicas e autorização de remédios e vacinas, o Ministério da Saúde divulgou a criação de um COE (Centro de Operação de Emergências) voltado ao controle da doença. No dia seguinte, após o registro da primeira morte - a primeira também fora do continente africano no surto atual -, a pasta confirmou que as primeiras doses da vacina devem chegar ao Brasil em setembro, sendo restritas aos profissionais de saúde que lidam diretamente com amostras biológicas e pessoas que tiveram contato com os infectados.
Já na edição de ontem, noticiamos sobre a nota técnica elaborada pelo ministério, recomendando que grávidas, puérperas e lactantes mantenham o uso de máscaras devido ao surto de varíola dos macacos, se afastem de pessoas com sintomas da doença e usem preservativo em todas as relações sexuais, uma vez que a transmissão pelo contato íntimo tem sido a mais frequente.
A verdade é que, apesar de serem medidas fundamentais pra quem é considerado grupo de risco, nada impede que todos tomem os devidos cuidados, visando evitar a contaminação. Além da vacinação, que nem começou, outras medidas podem ser tomadas para a prevenção da monkeypox.
A principal delas é evitar o contato próximo com o doente até que todas as feridas tenham cicatrizado, assim como com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado. Não deixe de lado a higienização das mãos, lavando-as com água e sabão ou utilizando álcool gel. Higienize bancadas e equipamentos de uso comum. Pratique sexo seguro, use preservativo. E, se puder, principalmente em lugares fechados ou com mais pessoas, faça o uso da máscara. A prevenção, por enquanto, é a melhor solução!