O assunto, por mais que pareça batido, precisa ser retomado com veemência. O ano de 2023 mal começou, mas tem sido de grandes desafios aos municípios regionais no enfrentamento à dengue. Os casos crescentes têm feito as autoridades tomarem providências, de modo a tentar frear a proliferação do Aedes aegypti, mosquito-vetor da doença. As chuvas frequentes, aliadas ao calor do período, formam um cenário propício para este terrível inseto, tão minúsculo, mas que traz consequências nefastas aos seres humanos infectados.
Febre alta, dores musculares intensas, dor ao movimentar os olhos, mal-estar geral, falta de apetite, dor de cabeça, manchas vermelhas no corpo. Estes são os principais sintomas da forma clássica da doença, que tem afetados tantos moradores do oeste paulista. Já a dengue hemorrágica, que pode ser fatal, pode trazer sangramento da gengiva, boca, nariz, ouvidos ou intestino; vômitos persistentes; dor abdominal intensa; pele fria e úmida; urina com sangue; olhos vermelhos; dificuldades respiratórias; e confusão mental. É realmente uma doença terrível.
Mas, infelizmente, mesmo diante de inúmeros casos, muitas pessoas ainda não se conscientizaram, e continuam a achar que somente o poder público tem a incumbência de acabar com o Aedes. É por isso que todo ano é a mesma história: o vetor continua se proliferando e fazendo inúmeras vítimas.
Como noticiado na edição de hoje, maior cidade regional, Presidente Prudente enfrenta risco de surto da doença, e, em reunião ontem, a Secretaria Municipal de Saúde decidiu ampliar a coleta de sorologia para dengue nas unidades de saúde, que hoje é concentrada no Cohabão. Já Adamantina e Iepê decretaram situação de emergência em decorrência da doença: nos municípios, mortes são investigadas. Em Santo Anastácio, por sua vez, a Prefeitura precisou contratar emergencialmente um médico, por período indeterminado, para apoiar o atendimento no pronto-socorro da Santa Casa da cidade, em vista do aumento no número de casos positivos para a doença.
Todas as políticas públicas podem ser colocadas em práticas, mas, enquanto cada um não fizer a sua parte, serão apenas um paliativo. A real eficácia contra o Aedes somente virá com a união de esforços. Portanto, vamos arregaçar as mangas!