O maestro e pianista, Valter Trevisan, faz parte de 36 dos 71 anos da história da Escola Municipal de Artes Professora Jupyra Cunha Marcondes, de Presidente Prudente! Logo, é um personagem importante neste contexto. Ele conta que entrou na escola em 1972 e teve o privilégio de conhecer pessoalmente dona Jupyra, quando a escola ainda se localizava na Rua Rui Barbosa, esquina com a Siqueira Campos.
“Eu tinha 13 anos! Lá estudei e me formei em 1980 em piano, com o professor e maestro Marcos Júlio Sergl. Nessa época, também fui admitido no Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos de Tatuí, qual não era fácil entrar, mas foi com toda a bagagem que adquiri na nossa escola, que na época se chamava Conservatório Municipal Dramático e Musical, que consegui minha vaga”, lembra Valter Trevisan.
No mesmo ano em que se formou, Valter foi convidado pela professora Alda Braga Pereira Lima para ser professor substituto na escola. “Fiquei contratado até 85, quando prestei concurso público e fui efetivado no cargo de professor de piano. E dava aulas ainda de teoria musical, música de câmara, prática de orquestra e história da música”, lembra o pianista.
Através de eleição interna, Valter foi conduzido por três vezes como coordenador pedagógico e, por nomeação dos prefeitos, em comissão, designado diretor administrativo também por três vezes. “Tive a oportunidade de criar alguns conjuntos importantes: Orquestra de Câmara Eurico Bendrath e Orquestra Sinfônica Municipal, que acabaram sendo desativadas por falta de interesse do poder público, já que as verbas destinadas à cultura sempre foram ínfimas”, destaca Valter.
Hoje, o maestro desenvolve trabalho musical como pianista correpetidor e camerista, acompanhando violinistas, cantores e instrumentistas diversos, fazendo parte do Grupo Ferri Strings. Recebeu a grande honra de ser homenageado “imortal” pela Academia de Música do Brasil, do Rio de Janeiro, e da Academia de Música de São Paulo (2021).
Também recebeu a comenda "Villa Lobos", da AMB (Academia Brasileira de Música), pelo trabalho que desenvolveu como pedagogo na área da música, não só na Escola de Artes, mas também na Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), onde criou os cursos de Produção Fonográfica e Licenciatura em Música, onde atuou como professor e coordenador acadêmico até 2021, quando lá se aposentou também.
Cedida
Imagem demonstra a importância da escola para Valter Trevisan