Parabéns e cumprimentos. Assim foi a sexta-feira da família de Valéria Kumizaki, carateca prudentina, que na noite de anteontem conquistou a medalha de ouro no Pan-Americano, em Toronto, no Canadá, pela categoria kumitê menos de 55 kg. E a vitória foi ainda mais emocionante, já que ganhou por decisão da arbitragem – após a luta terminar empatada em 1 a 1, e com a torcida a favor, para a adversária: a canadense Kate Campbell.
"Eu estava consciente e tranquila. Lutando contra uma canadense e com casa cheia não foi nada fácil, e deu tudo certo, eu sempre choro quando eu ganho", diz a campeã. Marina Kumizaki, mãe da atleta, fala da felicidade e da tensão vivida momentos antes do juiz dar a vitória para a carateca. "Nos reunimos na casa do meu filho, ficamos todos apreensivos, mas pedimos muito a Deus e deu tudo certo", comemora. A mãe diz não ter palavras, que não vê a hora da carateca desembarcar no Brasil.

Valéria se emociona ao abraçar a treinadora, Lucélia Brose
"É uma honra muito grande. Parece que a ficha não caiu, nos falamos rapidinho por
whatsapp, mas agora vamos esperar ela chegar para fazer festa", completa Marina. Este foi o terceiro Pan da carreira de Valéria, que foi prata no Rio de Janeiro em 2007, e bronze nas disputas de Guadalajara, no México, porém atuava na classe até 53 kg. "Essa é uma medalha especial. Primeiro a prata, depois o bronze, e agora o tão sonhado ouro. Não consegui controlar a emoção", revela a carateca.
Lembranças
Quando estava no ponto mais alto do pódio, Valéria fala que lembrou tudo o que passa para seguir no esporte, e do professor e mestre, Renato Franco, que faleceu no ano passado, vítima de um acidente de automóvel. "É muita dificuldade. Esses anos todos, tiro dinheiro do bolso, me endivido toda para poder competir, treinar e me preparar para as competições, em que os detalhes fazem toda a diferença. Choro mesmo por tudo isso, e claro, lembrei do mestre Renato Franco, aí não consegui controlar as emoções", finaliza.
Atletismo
Também na tarde de ontem, o revezamento 4x400 metros, que conta com a prudentina Liliane Barbosa, entrou nas pistas, porém não conseguiu chegar na final. O elenco brasileiro ficou em sexto na primeira eliminatória, com o tempo de 3min34s97, e só os três melhores tempos se classificavam. Além da prudentina, que atua no Esporte Clube Pinheiros de São Paulo, fazem parte do quarteto Jailma Lima, Geisa Coutinho e Joelma das Neves Sousa, na reserva está Dandadeua Asteria de Souza.
Atleta da Fundacte/Centro de Excelência/Semepp, Bruno Lins Tenório de Barros, disputou a prova nos 200 m, e nas eliminatórias fez o segundo melhor tempo, em 20s41, avançando a semifinal. Porém, na semi, não conseguiu repetir o resultado e fechou na sexta posição, com 20s66, ficando de fora da final. Bruno ainda segue no Pan, no revezamento 4x100 m.