Uma grande procura pela vacina contra a Influenza A (infecção pelo vírus H1N1) fez os estoques dos centros de imunização esgotarem em Presidente Prudente. O Centro de Vacinação Imunizar já tinha uma fila de espera de 300 pessoas no início da semana, aguardando pelas vacinas que chegaram na sexta-feira e esgotaram ontem. Mais de 400 vacinas foram aplicadas anteontem, quando a clínica ficou aberta até às 22h30, e o sobressalente na manhã de ontem.
Metade do lote de mil vacinas solicitado se esgotou, e as demais 500 doses chegam na próxima semana na clínica – porém, já há lista de espera, com mais de 50 nomes. Inicialmente comercializada por R$ 55, o valor subiu agora para R$ 80, diante da procura.
Vacinação anual gratuita contra a gripe iniciará no dia 30
No Centro de Imunização Athia, a situação não é diferente. Na terça-feira, ainda havia estoque, e bastava que as pessoas se dirigissem ao local para serem imunizadas. Agora o estoque também acabou, e ainda não há previsão para sua reposição. No Centro de Vacinação do Hospital Infantil Unimed, as vacinas também estão previstas para chegar em abril, sem data específica definida, custando R$ 70.
De forma gratuita, a vacina contra a gripe - que também protege do H1N1 – será disponibilizada, mas aos grupos prioritários: idosos, gestantes, puérperas, crianças pequenas, trabalhadores da saúde, população indígena e pessoas com doenças crônicas. Por enquanto, não há previsão de antecipação da campanha de vacinação em Prudente, que deverá seguir o calendário nacional, iniciando em 30 de abril.
Receio
A grande procura pelas vacinas contra a gripe A, e o medo de ser infectado pelo H1N1, se deu após a confirmação de três casos positivos da Influenza A em Prudente, nesta semana, fora dez exames que ainda aguardam pelos resultados laboratoriais. Apenas no HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo estavam internados na terça-feira seis pacientes com suspeita de ter contraído o vírus.
Além disso, o temor é reforçado pelo grande número de casos no noroeste paulista, na região de São José do Rio Preto, que tem mais de 80 notificações de SRAG (síndrome respiratória aguda grave) relacionadas ao vírus, e dez mortes causadas pela gripe grave, de acordo com a EBC (Empresa Brasil de Comunicação).
