Por alguns dias, neste ano, chegamos a achar que a pandemia estava chegando ao fim. Mas, bastou uma leve relaxada, como a liberação do uso de máscaras, e as festas de carnaval e feriados, por exemplo, para o número de casos de Covid-19, assim como de internações por complicações da doença, voltar a aumentar no Brasil.
Ainda não podemos relaxar. Precisamos manter as medidas de prevenção, que há mais de dois anos nos acompanham e, principalmente, dar a devida importância à vacinação.
A aplicação da quarta dose para pessoas com mais de 40 anos – que já tenham tomado a terceira há pelo menos quatro meses – foi liberada e anunciada pelo Ministério da Saúde na segunda-feira. De acordo com a pasta, cerca de 8,79 milhões de pessoas desta faixa etária já podem retornar aos postos de vacinação. A recomendação é que estes indivíduos sejam imunizados com as vacinas da Pfizer, AstraZeneca ou Janssen.
O público acima de 50 anos, bem como profissionais da Saúde, já estavam autorizados a receber a segunda dose de reforço desde o início do mês.
Enquanto muitos aguardam ansiosamente pelo dia de serem novamente vacinados, há milhares de pessoas em atraso até mesmo com a segunda dose, que foram ao posto apenas uma vez e nunca mais voltaram. No caso das crianças entre 5 e 11 anos de idade, pelas quais os pais são responsáveis por imunizá-las e protegê-las, 62% das já receberam a primeira dose, mas apenas 38% tomaram a segunda.
Medo das reações? Falta de informação? Por desacreditar na eficácia das vacinas? Todas que estão sendo usadas no Brasil, que foram aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), são seguras e salvam vidas. Todas as estatísticas brasileiras, europeias e americanas mostraram que as pessoas vacinadas hospitalizam menos e morrem menos. Independentemente do intervalo etário, as vacinas protegem de uma evolução mais grave da doença.
A vacinação foi o que proporcionou a gente voltar ao “normal”. Apesar de termos muitos casos de Covid-19 atualmente, a maior parte das pessoas está fora de perigo e se recuperando. É um cenário muito diferente de 2020, quando ainda não havia imunização. Milhares no mundo morreram sem a oportunidade da vacina. E agora que você tem a chance, vai desperdiçá-la?
