“É muito importante expor que a vacina contra o HPV [papilomavirus humano] pode prevenir mulheres de desenvolverem o câncer de colo uterino”. É o que destaca a ginecologista Letícia Bellusci, de Presidente Prudente. Segundo ela, se toda a população for vacinada antes de ter a primeira relação sexual, este tipo de câncer não será mais uma realidade.
O mês passado, inclusive, foi marcado pela campanha Março Lilás, voltada para a conscientização sobre o combate ao câncer de colo do útero, o terceiro tipo mais comum em mulheres, que figura atrás somente do câncer de pele e o de mama. Embora se tenha um mês inteiro para lembrar sobre a doença, é importante frisar que os cuidados devem ser contínuos, o ano todo.
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Março Lilás reforçou cuidados com a saúde do útero, mas estes devem ser contínuos
Câncer de colo do útero é o terceiro tipo mais comum em mulheres, e figura atrás somente do câncer de pele e o de mama
Sua causa, de acordo com a médica, é exatamente a infecção pelo vírus do HPV. E o exame que assegura a sua prevenção é o papanicolau (citologia oncótica), o famoso "preventivo", que deve ser realizado sem que a mulher esteja em seu ciclo menstrual, uma vez ao ano se estiver tudo bem.
“Esse tipo de câncer é silencioso. A paciente com câncer de colo uterino vai apresentar sintomas quando já está em estágio mais avançado. As lesões pré-cancerígenas e o câncer ‘in situ’ normalmente não são sintomas e sim, os mais comuns são: corrimento de odor fétido, sangramento após relação, sangramento uterino anormal e dor pélvica”, explica Letícia.
“Dependendo do estadiamento que o câncer se encontra, no geral o tratamento consiste na necessidade de radioterapia, braquiterapia, quimioterapia e cirurgia, que pode ser traquelectomia, ou até mesmo histerectomia radical com linfadenectomia. Se o diagnóstico é precoce, as chances de cura são altas”, expõe a ginecologista.
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Ginecologista Letícia Bellusci diz que se o diagnóstico é precoce as chances de cura são altas