Problemas novos exigem soluções inovadoras. Nos governos, elas só se tornam eficazes a partir de boas ideias, disponibilidade de recursos e engajamento de profissionais qualificados.
É com esse espírito que o governo de São Paulo busca a solução definitiva para a pandemia do coronavírus: uma vacina que proteja toda a população. Em julho, ficamos mais próximos dela.
Coordenados pelo Instituto Butantan, 12 centros de pesquisa em SP, DF, RJ, MG, PR e RS receberam inscrições de 9 mil voluntários para a fase final de testes da CoronaVac. Em Porto Alegre, o Hospital São Lucas (HSL) da PUC iniciou a testagem em 8 de agosto.
A vacina foi desenvolvida pela Sinovac Biotech, de Pequim, que firmou parceria com o Butantan para testes no Brasil e transferência de tecnologia.
Pelo acordo, São Paulo receberá 60 milhões de doses iniciais e desenvolverá produção em massa para o Programa Nacional de Imunização se a vacina se provar bem-sucedida.
O Butantan produz imunobiológicos desde 1901 e é referência no hemisfério sul. Protege os brasileiros contra difteria, tétano, hepatite A e B ou HPV, por exemplo. Está prestes a concluir o desenvolvimento de uma vacina contra a dengue. Salva vidas com soros que neutralizam veneno de cobras e animais peçonhentos.
Neste ano, antecipou a entrega das 75 milhões de doses contra a influenza, permitindo que o Brasil iniciasse a campanha nacional de imunização 23 dias antes do prazo original.
A participação do Butantan e de São Paulo em busca da vacina contra o coronavírus honra a tradição dos pioneiros da epidemiologia e da imunologia, como Emílio Ribas, Oswaldo Cruz, Vital Brazil e Carlos Chagas.
Enquanto o mundo aguarda a conclusão dos testes de vacinas, uma preocupação central do governo do Estado é garantir atendimento a todos que precisarem. O número de UTIs do SUS (Sistema Único de Saúde) em São Paulo dobrou. Quando a Organização Mundial da Saúde decretou a pandemia, o SUS tinha 3.600 leitos em São Paulo. Ampliamos a oferta em mais de 125%. Elevamos o total de vagas para 8.180.
A expansão de UTIs e a vacina contra o coronavírus são ações que demonstram a capacidade de oferecer pronta resposta a nossos desafios. Nossas universidades e escolas técnicas formam profissionais altamente qualificados. Nos casos graves, o protocolo para a UTI, desenvolvido no Hospital das Clínicas, salva mais pacientes e em menos tempo do que a média mundial.
Continuaremos a oferecer soluções para vencer a crise. Não aceitamos a inevitabilidade dos óbitos ou o imobilismo administrativo, como solução covarde, para a tragédia humana e social causada pela pandemia.