A Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, também conhecida como Porto Primavera, na bacia do rio Paraná, opera com a vazão reduzida em razão da baixa afluência em seu reservatório, que atualmente passa por serviços complementares. A informação é da Cesp (Companhia Energética de São Paulo), a qual destaca que a situação da usina regional não teve nenhuma influência na elevação do nível do rio na Usina Hidrelétrica de Itaipu, a qual, depois de dez dias de vertimento ininterrupto, fechou suas comportas anteontem.
O dado é confirmado pela Divisão de Imprensa Itaipu Binacional, a qual pontua que as águas que provocaram a cheia foram localizadas. "Estas estavam acima dos valores de vazão do projeto da usina, algo em torno de 12 mil metros cúbicos de água por segundo ", explica. A Assessoria de Comunicação Social do Ministério de Minas e Energia diz que uma precipitação elevada, que em quatro dias superou a média histórica para o mês de junho, em Foz do Iguaçu (PR), onde fica Itaipu, elevou a vazão à usina de cerca de 9.000 m³/s para 23 mil m³/s.
O ministério expõe que o crescimento da vazão afluente à Itaipu possibilitou a recuperação do nível de armazenamento de seu reservatório. "Neste cenário, a geração da usina foi maximizada em todos os períodos de carga, respeitando-se as disponibilidades de potência de suas unidades geradoras", frisa. "Visando reduzir a afluência à Itaipu, houve também a redução das defluências das usinas situadas a montante, por meio da minimização da geração das usinas de Ilha Solteira, Jupiá, Porto Primavera, Capivara, Taquaruçu e Rosana", destaca.
A Cesp, em nota, lembra que as usinas que administra, no caso a de Porto Primavera, integram o SIN (Sistema Interligado Nacional) e têm seu despacho determinado pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), inclusive, quanto aos níveis dos reservatórios, geração elétrica e abertura e fechamento de comportas. Sobre a UHE citada, diz que esta está concluída e atualmente passa por serviços complementares na área do reservatório.