Usina de Rosana simula evacuação de emergência de barragem nesta 4ª

Exercício preventivo envolve agentes da Defesa Civil e comunidade que vive na Zona de Autossalvamento, nome dado para áreas de impacto imediato

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 26/08/2024
Horário 17:01
Foto: CTG Brasil
No simulado, comunidade deve se dirigir por rotas de evacuação até pontos de segurança
No simulado, comunidade deve se dirigir por rotas de evacuação até pontos de segurança

A CTG Brasil realizará nesta quarta-feira o primeiro simulado de evacuação de emergência da barragem da Usina Hidrelétrica Rosana, em Rosana. O exercício integra a etapa final de implantação do PAE (Plano de Ação de Emergência) da barragem.

Pedro Nunes, gerente de Engenharia Civil & Segurança de Barragem da CTG Brasil, destaca que o simulado é uma atividade de caráter preventivo, em cumprimento à lei federal 12.334/10 que estabelece a Política Nacional de Segurança de Barragens. Ressalta ainda que todas as barragens administradas pela CTG Brasil são seguras e consideradas de baixo risco.

“É importante reforçar que a barragem da UHE Rosana não apresenta qualquer risco. O exercício simulado, para além do cumprimento de uma determinação legal, representa nosso compromisso com o bem-estar e a segurança dos profissionais e da população vizinha aos empreendimentos”, diz Pedro.

A atividade desta quarta terá início às 14h, com duração aproximada de uma hora. Além da equipe técnica da CTG Brasil, participarão desta ação as defesas civis dos municípios de Rosana e Diamante do Norte (PR) e moradores residentes na ZAS (Zona de Autossalvamento), nome dado para as áreas de impacto imediato em caso de emergência, localizadas logo abaixo da barragem.

A partir do cadastro realizado pela CTG Brasil, na ZAS da usina, atualmente, vivem cerca de 35 famílias. Está sendo implementado um plano de comunicação abrangente previamente à realização do simulado por meio de ações porta-a-porta por equipe contratada pela CTG Brasil, fixação de faixas de divulgação e o envio de mensagens de SMS e WhatsApp para os celulares cadastrados.

O simulado caracteriza a etapa final de implantação do PAE, cujo processo foi iniciado em 2018, englobando estudos de engenharia para delimitação das áreas de risco, mapeamento e cadastro da população residente na ZAS, instalação das rotas de evacuação e pontos de segurança, bem como sistemas de alerta de emergência composto por sirenes.

O objetivo principal dos simulados de evacuação é exercitar o processo de gestão de emergência na barragem, que envolvem desde procedimentos de notificação – internos e externos – até a completa evacuação da ZAS. “Com o simulado, as defesas civis poderão revisar seus planos de contingência municipais e os moradores da ZAS estarão preparados para agir em caso de uma emergência na barragem”, explica Pedro.

Como será o simulado

A partir de um cenário previamente estabelecido pela equipe de engenharia, serão testados os procedimentos de comunicação e evacuação definidos no PAE da Usina Hidrelétrica Rosana. O sistema de alerta de emergência será acionado pela sala de comando da usina e a ordem de evacuação será emitida pelo coordenador do PAE. As pessoas residentes nessa área, a partir do alerta sonoro emitido pelas sirenes de emergência, deverão se dirigir pelas rotas de evacuação até os pontos de segurança, onde serão recebidas pelos funcionários da empresa e pelos agentes de Defesa Civil. Nos pontos de segurança, serão instaladas tendas, onde os participantes poderão esclarecer possíveis dúvidas e responder a um questionário de avaliação do exercício.

Participação da comunidade

A empresa reforça o convite para que a comunidade localizada na ZAS compareça aos exercícios de simulação de emergência das barragens. Vitor Hugo de Morais, coordenador de implantação do PAE das barragens da CTG Brasil, destaca a importância do engajamento da população e dos municípios localizados na ZAS.

“Todo o esforço investido no planejamento e execução dos exercícios simulados foi feito com foco na capacitação da comunidade localizada na ZAS, de modo a prepará-la para agir em uma eventual situação de emergência. Esperamos que esta ação seja promotora da criação de uma cultura de prevenção e segurança de barragens nos municípios envolvidos”, diz Vitor Hugo.

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