A Cocal, do setor bioenergético do oeste paulista, continua com seu olhar voltado para o conceito de economia circular e se juntou aos pesquisadores da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Agrobiologia para entender o funcionamento dos biofertilizantes no solo brasileiro. Na produção do biogás, a Cocal utiliza a vinhaça e a torta de filtro em biodigestores e, após o término do processo, essa matéria biodigerida é reaproveitada no solo para enriquecer seus respectivos microrganismos.
O projeto começou na safra atual (24/25) e a previsão é que dure cinco anos. O objetivo é aprimorar os estudos sobre os biofertilizantes quando utilizados nos canaviais em busca de aumentar sua produtividade e na redução da pegada de carbono desde a produção agrícola.
“Esta nova parceria com a Embrapa nos fornecerá um maior entendimento sobre o uso de dois tipos de biofertilizantes. Nosso foco será no manejo adequado e na frequência das aplicações nos canaviais, seguindo nosso objetivo estratégico de garantir competitividade na produção e construindo processos e práticas sustentáveis que tragam um diferencial para a empresa”, explica o gerente de tecnologia agrícola da Cocal, Daniel Gualtieri.
Ao longo de 2024, os pesquisadores da Embrapa Agrobiologia estiveram na unidade da Cocal, em Narandiba, para coletar amostras e escolher o campo para instalação de experimentos e alinhamentos técnicos. Durante o projeto, os pesquisadores ficam responsáveis pela execução dos experimentos, avaliações e relatórios.
“É esta interação da pesquisa com a iniciativa privada que permite que a inovação de fato seja adotada e promova uma mudança de determinada realidade. Trata-se de uma parceria que traz relevância ao trabalho que fazemos e que, acima de tudo, vai refletir em benefício para a sociedade, que vai usufruir de produtos oriundos de sistemas mais sustentáveis”, comenta a chefe-geral da Embrapa Agrobiologia, Cristhiane Amâncio.
Atualmente, cerca de 95% dos hectares de produção da Cocal já recebem um biofertilizante, suprimindo o uso dos fertilizantes químicos. Isso promove a redução de custos e das emissões de carbono. A ideia é chegar em 100% nos próximos anos, e, assim, garantir uma menor dependência dos fertilizantes químicos e aumento da Nota de Eficiência Energético-Ambiental da empresa com respectivo crescimento na emissão de CBIOs (créditos de descarbonização).