A inclusão de Presidente Prudente entre as 100 cidades mais inteligentes, conectadas e sustentáveis do país foi puxada por dois dos 11 setores que sustentam o estudo. Nos rankings temáticos, a capital regional tem a 16ª melhor pontuação na categoria Urbanismo e aparece com o 46º melhor desempenho em Meio Ambiente, mostra o Ranking Connected Smart Cities, cujos resultados referentes ao ano de 2018 foram divulgados na terça-feira.
Para avaliar as políticas públicas voltadas ao planejamento e urbanismo, a pesquisa leva em consideração a existência, contexto e ano de publicação das leis sobre zoneamento ou uso e ocupação do solo, sobre operação urbana consorciada e do Plano Diretor Estratégico Municipal; a disponibilidade da emissão de certidão negativa de débito e alvará no site da Prefeitura; o percentual de domicílios que estão localizados em áreas com presença de ruas pavimentadas no entorno; e as despesas municipais com urbanismo, calculadas a partir da relação entre o que foi pago e o total de habitantes no município.
O titular da Seplan (Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Habitação), Luiz Abel Gomes Brondi, aponta que a cidade vivenciou um “lapso de planejamento” no passado, o que obrigou as gestões mais recentes a intensificar esforços para recuperar o tempo perdido e corrigir a omissão com investimentos em infraestrutura. Questionado sobre os principais avanços nesse sentido, destaca a regularização do saneamento básico, a expansão dos serviços de pavimentação e recapeamento, as melhorias em mobilidade urbana e a implantação do novo modelo de transporte coletivo. O secretário também pontua as benfeitorias voltadas aos campos de saúde, educação e desenvolvimento econômico, que viabilizam um “atendimento mais qualificado” não só ao município, como também à região, a qual, segundo ele, “não deixa de alavancar a economia local”.
Saneamento e coleta de resíduos
Já em termos de meio ambiente, o estudo engloba como indicadores os índices de atendimento e tratamento urbano de água e esgoto; paralisação do abastecimento, isto é, a quantidade de horas no ano em que ocorreram interrupções no sistema de distribuição; índice de perdas na distribuição de água; taxas de recuperação de materiais recicláveis e cobertura do serviço de coleta de resíduos domésticos; arborização; e monitoramento das áreas de risco.
A engenheira ambiental da Semea (Secretaria Municipal de Meio Ambiente), Nelissa Garcia Balarim, expõe que, a respeito do consumo de água e esgoto, a administração executa ações em parceria com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e segue o plano de abastecimento de água e esgoto, o qual prevê medidas e ações para serem desenvolvidas no sentido de assegurar ambos os serviços. Já sobre a coleta de materiais, salienta a parceria com a Cooperlix (Cooperativa de Trabalhadores de Produtos Recicláveis de Presidente Prudente), formalizada por meio de um contrato que autoriza o pagamento pelos serviços ambientais relativos à coleta, triagem e reciclagem de resíduos. “Além disso, damos apoio no fornecimento de estrutura e equipamentos para a execução dos trabalhos”, completa.
Nelissa menciona as campanhas de educação ambiental junto à população, a fim de destacar a importância e o papel de cada um na gestão de resíduos sólidos. Segundo ela, a pasta ainda promove ações e projetos que buscam a melhoria da qualidade da arborização urbana por meio da realização de plantios, conforme estabelece o programa Prudente Mais Verde, bem como a criação e manutenção dos parques urbanos em toda a cidade. Por fim, pontua como avanços futuros o Consórcio Intermunicipal de Resíduos, as campanhas de educação ambiental para recolhimento de óleo e cozinha usado, a implantação de ecopontos para recolhimento de pequenos volumes e a melhoria na fiscalização do descarte irregular de resíduos