Unoeste destina nova leva de doações ao Rio Grande do Sul

Nessa segunda semana, campanha da universidade recebeu cerca de 10 toneladas de itens de necessidades básicas e mais de 3,2 mil litros de água

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 17/05/2024
Horário 16:38
Foto: Ector Gervasoni
Destinação de nova remessa de doações foi realizada nesta sexta em Prudente
Destinação de nova remessa de doações foi realizada nesta sexta em Prudente

Uma onda de solidariedade e empatia às vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul e mais uma grande mobilização daquela em que a união faz a força marcaram a semana na Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) em seus quatro campi: dois em Presidente Prudente, além de Jaú (SP) e Guarujá (SP). Nesta sexta-feira, mais uma leva de donativos trazidos ao longo da semana pelas comunidades acadêmica e externa foi destinada ao Estado gaúcho. Nessa segunda semana, a campanha "Unoeste SOS Rio Grande do Sul" recebeu cerca de 10 toneladas em itens de necessidades básicas, entre alimentos não perecíveis, roupas, sapatos, cobertores, roupas de cama, ração animal, produtos de higiene pessoal e produtos de higiene doméstica. Também foram recebidos mais de 3,2 mil litros de água.

Com esses novos números, a Unoeste já destinou ao Rio Grande do Sul cerca de 15 toneladas de donativos e mais de 20 mil litros de água nos campi de Prudente, Jaú e Guarujá.

Em Prudente, a nova logística para o transporte até o Rio Grande do Sul foi possibilitada graças à parceria de três empresas que se prontificaram a somar forças nessa corrente do bem. São elas: Transportadora Risso de Prudente; Tairana Central de Inseminação Artificial, também de Prudente; e Bella Art Vitrificados, de Indiana. Representando todos esses parceiros, o proprietário da Bella Art explicou por que decidiram somar forças nessa grande mobilização.

“O objetivo principal é sermos mais um elo nessa corrente de solidariedade e podermos ajudar o pessoal do Sul. Cada um tem que fazer sua parte e a gente espera com isso inspirar mais pessoas e empresas a fazerem o mesmo, assim como outras empresas e pessoas nos inspiraram a fazer nossa parte. Entendemos que, nesse momento, a gente precisa ajudar porque poderia ser nós precisando”, explicou ele.

Assim como as empresas, muitos cidadãos do bem também não mediram esforços para ajudar. É o caso do médico veterinário Bruno Fabrício Teixeira, egresso da Unoeste, que, mesmo não tendo vínculo empregatício com a universidade, doou parte de seu tempo na manhã desta sexta. “Estou aqui para ajudar o pessoal do Rio Grande do Sul que está passando por essa tragédia provocada pelas enchentes. Não custa nada ajudar, e como não consigo estar lá pessoalmente cuidando dos animais, vim aqui colaborar com o carregamento das doações”, frisou ele.

Vigilante na Unoeste há seis anos, Danilo César Domingos de Souza também ajudou no carregamento no campus 1 na condição de voluntário, ou seja, fora do horário de trabalho. “O que me motiva estar aqui é ajudar ao próximo. A vontade era estar lá, mas, como não consigo, estou aqui para ajudar o pessoal a carregar as coisas. É o mínimo que posso fazer enquanto cidadão”, argumentou.

Na semana passada, a Unoeste já havia destinado mais de 4,7 toneladas de donativos ao Rio Grande do Sul, além de mais de 17 mil litros de água mineral. Sobre a quantidade que está sendo destinada nesta semana, a previsão é de que os donativos cheguem ao Rio Grande do Sul até o fim deste sábado.

Destinação de recursos

Além de ter sido sede para o recebimento das doações, a Unoeste também quis ajudar de outra forma as famílias que perderam praticamente tudo o que construíram ao longo da vida. E por isso também destinou recursos que já têm feito a diferença para dezenas de famílias. Silvia Juliano Bischoff é diretora da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Igrejinha (RS), uma das cidades gaúchas prejudicadas com as enchentes. A instituição que ela lidera atende cerca de 50 famílias e recebeu tais recursos da Unoeste para aquisição de móveis e eletrodomésticos já entregues às famílias assistidas.

“São famílias que perderam tudo, ou quase tudo, e esses recursos ajudam muito todas elas que, num primeiro momento, tiveram suas necessidades mais urgentes supridas por meio de doações voluntárias, com produtos de limpeza e de higiene pessoal, alimentos e medicamentos. Mas a necessidade de reconstrução de seus lares se deu muito pela doação da Unoeste. As famílias estão muito agradecidas porque são famílias que, além de lidarem com essa perda e com esse processo doloroso, ainda têm nos seus lares, na sua composição familiar, uma pessoa com deficiência que necessita de um olhar especial. Então, esse auxílio pra eles tem sido muito importante”, agradeceu ela.

Silvia também expôs que as famílias não esperavam que esse tipo de ajuda para reconstrução de seus lares viesse tão rapidamente assim. “Com esse recurso, cada família foi contemplada com pelo menos um equipamento. Nosso sentimento é de muito agradecimento porque mobilizamos uma série de campanhas. Enquanto Apae, entendemos a importância da instituição onde seus filhos frequentam a escola, têm atendimento clínico e participam de grupos de convivência. E poder estar junto das famílias e apoiando elas na reconstrução de uma vida a partir de então é o mínimo que podemos fazer. Por isso, somos muito gratos à universidade. Estamos muito felizes de ver que uma instituição educacional está do nosso lado neste momento”, complementou.

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