Universal aplica curso de piscicultura para 30 detentos da Penitenciária 1 de Presidente Venceslau

Reeducandos que cumprem pena no regime semiaberto receberam, durante sete dias, orientações sobre produção e tratamento para peixes

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 24/10/2024
Horário 14:13
Foto: Divulgação/Croeste
Aulas teóricas e práticas aconteceram no Parque Agrícola, que conta com represa e tanque de peixes
Aulas teóricas e práticas aconteceram no Parque Agrícola, que conta com represa e tanque de peixes

Parceria entre a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária), Funap (Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel) e a UNP (Universal nos Presídios) ofertou o curso de “Piscicultura – Produção e Tratamento para Peixes” para reeducandos que cumprem pena no regime semiaberto da Penitenciária Zwinglio Ferreira de Presidente Venceslau, a P1, unidade subordinada à Croeste (Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Oeste). Foram inscritos para as aulas, ministradas por José de Carvalho Neto, 30 privados de liberdade. O curso teve duração de 24 horas, distribuídas em sete dias, as quais foram concluídas nesta semana.

As aulas teóricas e práticas aconteceram no Parque Agrícola da P1, que conta com uma represa e um tanque de peixes. De acordo com Carvalho Neto, os reeducandos aprendem técnicas de manejo, desenvolvimento, limpeza e produção. “Damos maior destaque à tilápia, espécie que se adapta bem às variações climáticas”, comenta o professor, que explica que a produção do peixe pode levar de 180 até 190 dias, até que esteja pronto para comercialização.

Para que o processo ocorra com resultado positivo é preciso seguir técnicas adequadas. “A tilápia, por exemplo, produz o ano todo. O piscicultor deve estar atento desde o manejo dos alevinos, quanto à alimentação em cada fase de desenvolvimento e ao mercado consumidor”, explica o professor.

Reinaldo Baia Pinheiro, pastor coordenador da UNP na região, destacou que o curso foi uma oportunidade para o reeducando se profissionalizar e conquistar seu sustento para quando estiver em liberdade. “O objetivo é prevenir a reincidência dessa pessoa, por meio de ações que estimulem sua autoestima e confiança de que é capaz de gerar renda com seu trabalho”, declarou. 

O diretor técnico III do presídio, Claudinei dos Santos, ressaltou que a participação dos reeducandos em cursos como os que são ofertados pela Universal oferecem oportunidade para que os mesmos adquiram novas habilidades, ampliando as possibilidades para gerar renda e prover o sustento de suas famílias. “A qualificação para o trabalho é uma maneira eficaz de reintegração social da pessoa privada de liberdade”, afirma. 

Fotos: Divulgação/Croeste
Aulas teóricas e práticas aconteceram no Parque Agrícola, que conta com represa e tanque de peixes

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