Uma sociedade em pânico...

OPINIÃO - Marcos Alves Borba

Data 05/04/2023
Horário 04:30

Ainda não sabemos das prometidas inserções de mudanças em grande parte das áreas, aquelas que precisamos urgentemente mudar mesmo. E tudo isso nos faz remeter a nossa exagerada vontade de querer tanto, poder contribuir com grande parte das famílias. Isso mesmo, a família sempre foi e será uma vitrine, e que nos permite semear a cada um de nós o que sempre almejamos: acolher da melhor maneira nossos filhos e conduzi-los para o bem. 
Aos poucos, e sem muita modéstia, e isso infelizmente nos impede da tão exposição de não sabermos por onde começar se não tivermos um alicerce que nos permita ousar com sabedoria. E pelo visto, estamos diante de uma sociedade cansada, destemida e frágil, sem saber e nem ter por onde correr, sem forças de pedir socorro. Caminhos existem, e por mais doloroso que seja uma atitude um pouco mais firme, ainda iremos lidar com uma fragilidade ditada por muitos.
Recentemente tivemos um ataque de fúria de um aluno numa determinada escola, que chega de maneira totalmente impulsiva (numa interpretação leiga de nossa parte, por não termos vivido aquele terrível momento), sai agredindo quem aparece pela frente, mas com um único objetivo: eliminar aquela professora! Tempos depois, em nossa própria região, e infelizmente também uma outra professora, é encontrada dentro de um porta-malas de seu próprio carro, incendiada pelo fogo, amarrada e já sem vida, isto feito pelo próprio parceiro. Evidente que nossa interpretação dessas situações totalmente insanas, e que fica exposta a nossa existência, nos deixa totalmente perplexos, inertes e sem entender o que possa ter acontecido a levar uma pessoa ao êxtase de seu estado de inconsciência.  
Entendemos que a família sempre será um pilar que sustenta toda essa engrenagem de múltiplas facetas de uma pessoa. Jamais deixaremos de interpretar que, o que agrega e fortalece toda essa ligação, precisam edificar outros pilares que sejam planejados e realizados por políticas públicas de qualquer gestão de um país. Ficar à mercê de tudo isso e não termos alternativas que simplifiquem todas essas impulsividades, seremos mais um no meio da multidão. A que ponto chegamos, por ver que a vida em questão de segundos vem perdendo o seu sentido.    
No último domingo, 2 de abril de 2023, participei de uma palestra de um sansei budista (sempre o meu enorme respeito às religiões e filosofias de vida). E que num pequeno momento de exposição, um dos membros presentes pediu a palavra. E, diante de um público com mais idosos, mesmo assim quis falar aos jovens. Da importância e necessidade de procurar dar um sentido à vida, principalmente se lerem o Dharma, um mantra sagrado do Budismo. No final de seu pequeno discurso, fomos presenteados com um pequeno porta-copos, que no seu interior está escrito: “Namu Amida Butsu” – que significa: “Em busca do significado de termos nascidos como seres humanos”.   

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