Uma igreja sinodal no limiar da mudança dos tempos

Diocese Informa

COLUNA - Diocese Informa

Data 12/11/2023
Horário 04:04

Podemos nos perguntar: como batizados, somos sinal da Igreja de Cristo para os outros? Penso que esta inquietude leva o papa Francisco a buscar, através da escuta, o que pensamos sobre a Igreja, nós mesmos, as estruturas eclesiais e nossa consciência missionária. Há alguns dias atrás, encerrou-se a XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, iniciada no dia 4 de outubro de 2023, em Roma. O tema discutido desde a convocação do referido Sínodo é: “Por uma Igreja Sinodal: Comunhão, Participação e Missão.”  “Sinodalidade” é o esforço coletivo e a busca contínua de aprendermos a “caminhar juntos” como irmãos. É um jeito de ser Igreja, pelo qual cada pessoa é importante, tem voz, é ouvida, capacitada e envolvida na realização da missão. O papa Francisco, ao encerrar a sessão do Sínodo, sintetiza a sinodalidade: “adorar a Deus e servir ao próximo, como o coração de tudo.” No sentido antropológico, devemos enxergar a Igreja como Porta da Misericórdia Divina, que deve estar sempre aberta a todos. A chave do diálogo, para os dias de hoje, deve ser a Misericórdia Divina e não a Lei. Os membros do Sínodo partilharam vários assuntos, com a preocupação de como sermos Igreja hoje e como deve ser o diálogo com o mundo. Caros irmãos, a referência continua sendo antropológica: Deus nos convida à salvação e, nos tempos pós-modernos, nossa resposta não pode ser outra a não ser o nosso “sim”. Somos convidados a enxergar a nossa estrutura eclesiológica a partir de Cristo, no sentido da fé, do culto, da vida moral e da oração. Precisamos refletir a Palavra de Deus e fazer com que Ela se torne também a nossa. É impossível amar aquilo que não se conhece! Precisamos conhecer mais nossa própria identidade de cristãos e vivenciar nossa responsável e consciente pertença à Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo: Una, Santa, Católica, Apostólica e Romana. Neste caminho não deveríamos seguir o exemplo de Nossa Senhora, permanecendo à sombra do Espírito Santo, permitindo que Ele mesmo nos conduza? (Fonte: Dom Romualdo Matias Kujawski, Bispo Emérito de Porto Nacional (TO).

MINI SERMÃO:
32º Domingo do Tempo Comum (Mt 25,1-13)

A meia-noite chegará! Que sua lamparina tenha luz. É preciso azeite para que ela ilumine. A lamparina somos nós, o azeite é o Amor. A candeia não pode brilhar com azeite emprestado do outro. A vigilância está em possuir azeite. Para os que não trazem o suficiente do 'azeite-Amor', a alegria da chegada do noivo Jesus se transformará num apuro. Quem não estiver preparado, corre o risco de encontrar a porta fechada. O 'azeite-Amor' só ilumina quando se consome. Com nossa vida é a mesma coisa: revela pleno sentido quando nos consumimos no serviço aos outros. Ser previdente, afinal, é conservar a lâmpada acesa. Que haja Amor na sua vasilha! (Autor: Padre Rafael Moreira Campos).

AGENDA PAROQUIAL: Paróquia Nossa Senhora de Fátima - Presidente Venceslau
- Missas -

Sábado: às 18h - Capela Nossa Senhora Aparecida e às 19h30 - Igreja Matriz;     
Domingo: às 7h - Capela São Judas Tadeu, às 8h30 - Capela Nosso Senhor do Bonfim, às 10h - Igreja Matriz, às 17h - Capela Santa Edwiges e às 19h - Igreja Matriz

MENSAGEM DO PAPA:
A lâmpada é o símbolo da fé que ilumina a nossa vida, enquanto o óleo é o símbolo da caridade que alimenta, que torna fecunda e credível a luz da fé. A condição para estarmos prontos para o encontro com o Senhor não é apenas a fé, mas uma vida cristã rica de amor e de caridade pelo próximo. Se nos deixarmos guiar por aquilo que parece mais cómodo, pela busca dos nossos interesses, a nossa vida torna-se estéril, incapaz de dar vida aos outros, e não acumulamos reserva alguma de óleo para a lâmpada da nossa fé; e ela — a fé — apagar-se-á no momento da vinda do Senhor, ou ainda antes. Ao contrário, se formos vigilantes e procurarmos praticar o bem com gestos de amor, partilha e serviço ao próximo em dificuldade, poderemos permanecer tranquilos enquanto esperamos a vinda do esposo: o Senhor poderá chegar a qualquer momento, e nem sequer o sono da morte nos apavora, porque dispomos de uma reserva de óleo, acumulada com as boas obras de todos os dias. A fé inspira a caridade, e a caridade preserva a fé. (Fonte: www.vatican.va/content/francesco/pt/angelus/2017).

Padre Rafael Moreira Campos
Adm. Paroquial Paróquia Nossa Senhora de Fátima – Pres. Venceslau/SP
"Ouse ser o melhor. Ame!"
Instagram @rafaelmcampos.pe
Facebook www.facebook.com/rafaelmoreiracampos
Informações: Cúria Diocesana (18) 3918-5000

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