Hoje, Presidente Prudente fica mais velhinha. 102 anos! Nesse tempo todo, a cidade foi criando mais história. Mas como tudo começou? Por que o município tem esse nome? Por que um monte de ruas tem nomes de coronéis? Quem morava aqui antes dos fundadores da cidade? A coordenadora do Museu e Arquivo histórico Prefeito Antonio Sandoval Netto, Valentina Romeiro, explicou tudo para o jornal O Imparcial.
COMO TUDO COMEÇOU E
QUEM SÃO OS FUNDADORES?
No início, Presidente Prudente era, basicamente, terras indígenas. Três tribos viviam na região, os Xavantes, os Caingangues e os Caiuás. Então, o Coronel Francisco de Paula Goulart chegou e tomou as terras para si. Em 1917, o coronel fundou a Vila Goulart, o que é entendido como o início de Prudente.
Em 1919, outra figura famosa chegou à cidade, o Coronel José Soares Marcondes, e fundou a Vila Marcondes. “Nós costumamos dizer que um fundou e o outro colonizou”, diz Valentina. Depois de algum tempo, as duas vilas foram unidas pelos coronéis e receberam o seu primeiro nome, Patrimônio do Veado. O nome não durou muito, e foi substituído por Patrimônio da Anta.
COMO SURGIU O NOME DE
PRESIDENTE PRUDENTE?
Depois de dois nomes, que não tem muita ligação com o nome atual, mas sim com os animais que viviam por aqui, a cidade recebeu o nome que tem até hoje, Presidente Prudente. O terceiro presidente brasileiro, Prudente de Moraes, nasceu em Itu, interior de São Paulo, e estava no comando do país na inauguração da estação ferroviária, e foi convidado para o grande evento, mas não pode comparecer e enviou seu filho. O nome da estação foi dado em homenagem ao presidente, e se chama Estação Ferroviária Presidente Prudente de Moraes. Daí o nome da cidade, que foi declarada um município em 1921 graças à demarcação do engenheiro João Fairbanks, feita a pedido do Coronel Goulart, e emancipação por decreto do então presidente Washington Luís Pereira de Sousa, outro nome famoso para a cidade, não é?
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Conheça pontos históricos de Prudente
O primeiro local da cidade foi área da estação ferroviária, especificamente na parte de paralelepípedos da Avenida Washington Luiz, e se expandiu a partir dali. Hoje, se você quiser conhecer pontos históricos da cidade, pode visitar o Centro Cultural Matarazzo, a Avenida Washington Luiz, o prédio do Procon (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) que é a antiga estação ferroviária, a Torre da Sanbra e o Bebedouro de Animais.
O museu também tem várias peças históricas. Segundo a coordenadora do local, não tem uma peça mais relevante que a outra, mas sim “peças mais representativas, como a mesa com as cadeiras da primeira câmara de vereadores, uma mesinha e carrinho de chá que pertenceu ao Coronel Marcondes, além de mapas, plantas de demarcação, discos, fotos, livros, documentos, jornais, revistas, todos esses remetendo a história da cidade”. O jornal O Imparcial também faz parte da cidade, sendo o maior e único veículo impresso e o primeiro linotipo do jornal está em exposição no museu.