Um dos pontos mais visitados no Dia de Finados, no Cemitério Municipal São João Batista, é o túmulo da menina Berta Lúcia, que nasceu no dia 15 de novembro de 1939 e faleceu em 1944, após o diagnóstico de meningite. Conta-se que um descendente de japonês foi curado de uma doença por Berta, ao solicitar bênçãos, e construiu o pequeno memorial como forma de agradecimento. Neste sábado pela manhã, alguns fiéis seguiram até a sua capela e depositaram brinquedos, roupas, fotos, entre outros objetos, como um pedido ou forma de agradecimento por uma bênção recebida.
A história da garotinha é conhecida desde o seu falecimento, pois conta-se que ela, ainda pequena, já apresentava diferenças em relação às outras crianças de sua idade. Prestes a completar 78 anos de sua partida, é impossível estar no local e não sentir uma presença de paz, e mais gratificante ainda é ver a fé no Divino por intercessão de Berta Lúcia.
Foto: Weverson Nascimento
Abraão acendeu uma vela em homenagem à Berta Lúcia
Por lá, a reportagem encontrou a designer de cílios, Kelly Sabrina Videira, 37 anos, que levou os filhos Alice e Abraão para conhecerem a história da “santa prudentina”. “No Dia de Finados a gente vem ao túmulo da família e depois sempre passa aqui para explicar a história da Berta e a importância de rezar pelas outras almas”, explica a mãe, ao dizer sobre a importância das tradições religiosas.
Fé por intercessão de Berta Lúcia também foi relatada por Jair Azevedo, que mais um ano manteve a tradição de visitar a capela da pequena menina. Segundo ele, a tradição foi passada pela avó Odilha da Conceição, falecida em 2007, que sempre manteve a devoção por Berta Lúcia. “É sempre um momento especial”, detalha.
Além da capela, outro lugar especial também atrai seus devotos. Trata-se de uma torneira, que é aberta pelos seguidores, os quais acreditam que a água tenha efeitos milagrosos. Como de costume, durante todo o dia, a capela de Berta Lúcia recebe inúmeros fiéis que seguem até o local para realizar um pedido ou agradecer por uma bênção recebida.
Fotos: Weverson Nascimento
Kelly explicou para os filhos a história da “santa prudentina”
Jair foi ao túmulo da criança e manteve a tradição passada pela avó