São 7h30 da manhã. O celular desperta e coloco para dormir mais cinco minutos, pego o celular e visualizo a hora. Enquanto isso, uma notificação do Instagram me informa que um amigo (que há tempos não postava nada) acabou de fazer um story. Clico e vejo que ele está em uma viagem bem bacana, na praia. Ao rolarmos o feed já encontro vários anúncios de viagens e assuntos relacionados em um curto espaço de segundos.
Apronto um café rápido, ligo a TV na cozinha e fico por dentro das últimas notícias, acompanhadas pelos comerciais nos intervalos. Ao entrar no carro para ir trabalhar, mudo do Spotify para o rádio (para ouvir algumas notícias locais). Detalhe: já está sintonizado na estação favorita. Fui trabalhar e já fui impactado por uma infinidade de anúncios e informações neste “prime time” e ainda nem são 8h15 da manhã!
Fiz este pequeno roteiro do meu dia a dia que, penso eu, seja comum a muitos de nós, para chamar sua atenção para o seguinte: hoje tudo vira mídia. Não apenas nos veículos de comunicação, mas na parte de trás do uniforme do frentista, no balcão da secretária, no ponto de venda “instagramável”, na Alexa que informa um produto. Diante disso, chega a pergunta que não quer calar: em termos técnicos, o que muda para o profissional de marketing e publicidade e propaganda? Fácil, a resposta é: tudo!
Hoje o investimento em mídia é uma das grandes questões quando o assunto é estratégia de comunicação, afinal de contas, não podemos desperdiçar o investimento das marcas e organizações. Mas tenha certeza, a boa e costumeira estratégia ainda é a melhor ação inicial, para que tudo venha fazer sentido e parte do contexto do nosso querido cliente.
Mas você me pergunta: com isso, as mídias tradicionais morreram? Hoje tudo deve ser feito no universo digital ou de mídia alternativa? Não! Os meios tradicionais ainda continuam em pleno vapor e continuam recebendo a maior parte do montante de investimento publicitário (Dados do Mídia Dados 2021), seguido do digital. A diferença é que não existe mais uma lista simples de onde devemos dedicar os esforços de mídia, já que o bom senso e a inovação podem ser sim, bons conselheiros nessa hora.
Já que tudo virou mídia, que tal integrar ações online, offline e alternativas em uma estratégia de campanha que venha entreter e conquistar o cliente a médio e longo prazo? Afinal de contas, ninguém gosta de propaganda chata, mas esse assunto fica para um próximo café.