De hoje a sábado, três jiujiteiros, dois de Presidente Prudente e um de Álvares Machado, representam a região no Rio de Janeiro, cidade que está sediando o Campeonato Brasileiro de Jiu-jitsu, evento organizado pela CBJJ (Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu), em parceria com a IBJJF (International Brazilian Jiu-Jitsu Federation) .
O mais jovem dos colegas da Academia Heal-Fit, Lucas Porto Rodrigues, 17 anos, que teve Covid-19, e vem se superando física e mentalmente mais e mais, compete no sábado, na categoria Juvenil Azul acima de 94 kg (quilos) pesadíssimo.
Vice-campeão Brasileiro pela confederação e recentemente campeão da etapa Bauru do Circuito Interior, o jovem de Machado diz que o motivo desse torneio ser uma das competições mais importantes da modalidade é pelo fato de o Brasil ser o foco do jiu-jitsu, ter os melhores atletas e ser a maior federação internacional da modalidade.
Conforme enfatiza, quem vai competir está indo pra vencer, parar no ranking e ganhar mais visibilidade. “Vou lá com tudo! Se Deus quiser e minha preparação estiver melhor que a dos meus oponentes... estou treinando firme visando o mais alto do pódio”, diz Lucas Porto, que intensificou a musculação, vem treinando jiu-jitsu mais técnico e fazendo posições observando suas últimas lutas, os erros e acertos e o que pode melhorar no treino do sensei Nilson dos Santos. “Além também de uns treinos específicos, uns ‘macetes’ de competição com o Henrique e o Lucão [risos]”, acrescenta.
A meta de Lucas Costa, ou Lucão, como é conhecido pelos amigos jiujiteiros, 29 anos, 13 deles dedicados ao jiu-jitsu, é a mesma que sua expectativa: “Que eu possa sair de lá com uma boa colocação, mas estou indo com a meta de voltar campeão Brasileiro”, frisa o lutador, que compete na categoria super pesado, até 100kg, nesta quinta-feira.
Ele conta que sua preparação vem sendo feita há alguns meses, desde o Campeonato Sul-Americano. “Já estou me preparando dando ritmo e sequência em competições para chegar o mais preparado possível para o Brasileiro. Sei que pelo nível da competição só tem atletas igualmente, ou seja: de alto nível. Mas estou indo preparado para enfrentar qualquer um que seja e assim poder sair vitorioso de lá”, destaca Lucão, que foi campeão no super pesado, no último campeonato que participou, no Circuito Interior em Bauru e segundo no absoluto.
Henrique de Almeida Cabral, 22 anos, bronze no Sul-Americano, vai lutar, amanhã, na categoria adulto marrom pesado (até 94 kg). Na última semana de treinos, Henrique conta que sua alimentação é controlada, principalmente nas vésperas da competição, já que existem as divisões de categoria por peso. “No jiu-jitsu, usamos de estratégias muito agressivas para os últimos dias, uma vez que a pesagem é minutos antes da luta o que não dá tempo de recuperar de estratégias como a desidratação utilizada no MMA (artes marciais mistas), por exemplo”, detalha.
Trabalha-se várias modalidades juntas na preparação dos atletas antes das lutas porque esta tende a ir além da própria modalidade, se tornando multidisciplinar.
“O Campeonato Brasileiro realizado é o maior e mais disputado campeonato de jiu-jitsu no mundo todo, reúne cerca 9 mil atletas distribuídos em nove dias de competição, onde são separados por categorias de faixa, idade, peso e sexo. O jiu-jitsu é uma modalidade dominada pelos brasileiros, tornando o nível de dificuldade do torneio maior que o próprio mundial de jiu-jitsu”, pontua Henrique, que acredita na ótima sequência de competições que o trio está tendo desde o Sul-Americano: “Temos reais chances de trazer seis medalhas de ouro do Rio de Janeiro”.