O tríduo de preparação à celebração do padroeiro de Presidente Prudente começa hoje, às 19h, e segue em 18 e 19, às 19h30, na Catedral de São Sebastião. E no dia 20, data em que se recorda o dia do santo, devotos e fieis católicos da igreja e também das paróquias da Diocese poderão participar de duas missas especiais, às 8h e às 19h30.
De acordo com monsenhor José Antonio de Lima, na celebração à noite, logo depois do ato litúrgico que será presidido pelo bispo dom Benedito Gonçalves dos Santos, concelebrada com outros padres, ocorre a tradicional procissão que sai da catedral, seguindo pelas ruas centrais Barão do Rio Branco, Dr. José Foz passando pelo Calçadão e retornando para o encerramento dentro da igreja.
São Sebastião, padroeiro de Presidente Prudente, tem devotos que clamam pela sua interseção em diversas partes do mundo
"Independente do tempo, a procissão será realizada. E temos algo especial na celebração deste ano que deve ser destacado: este é o ‘Ano da Misericórdia’ e os participantes receberão as indulgências Divinas", expõe o religioso.
Protetor fervoroso
Segundo o monsenhor, São Sebastião é clamado por ter sido protetor fervoroso dos cristãos durante toda a sua vida. Sendo, inclusive, martirizado por esse motivo. Assim, no Brasil e em diversos outros lugares do mundo muitos lhe rendem devoção e clamam por sua interseção junto a Cristo Jesus para a solução das mais diversas causas. Mas, principalmente contra males, doenças graves, guerras e conflitos e fome.
Perseguido e martirizado
Conforme o monsenhor José Antonio, segundo a história, nascido no século III d.C (depois de Cristo) em Narvonne, França, São Sebastião que fora criado seguindo o exemplo de sua mãe, forte e piedoso na fé cristã mudou-se para Milão (Itália). Tornou-se um soldado do império romano e por sua bravura adquiriu muito prestigio junto ao imperador Diocleciano. Tanto que este o nomeou comandante de sua guarda pessoal.
Outro soldado contou ao imperador que o jovem era um cristão e ao ouvir de sua própria boca a confirmação, ele foi perseguido. Ao encontrarem-no o despiram, amarraram-no a um tronco de árvore e atiraram nele uma chuva de flechas. Ali no descampado o abandonaram afim de que Sebastião sangrasse até a morte.
Mas, uma mulher, Irene, o encontrou, foi ao seu encontro, retirou uma a uma as flechas, levou-o para sua casa e cuidou dele. Após recuperado, ele voltou ao governador e reafirmando a sua fé pediu para que não perseguisse mais os cristãos. Ignorando, o imperador então, pela segunda vez determina que o soldado seja martirizado, desta vez com bolas de chumbo amarradas com tiras de couro.
"A devoção a São Sebastião veio para o Brasil da Europa, pelos portugueses. Diversas são as cidades que o tem como padroeiro", ressalta monsenhor José Antonio.
Fé
Diz ainda a história que, para impedir que o corpo de São Sebastião fosse venerado pelos cristãos, a ordem foi de que o jogassem num esgoto público de Roma. E assim foi feito. Porém, uma piedosa mulher, Santa Luciana, o sepultou nas catacumbas. Mais tarde, as relíquias do santo foram solenemente transportadas para uma basílica construída pelo imperador Constantino, e lá estão até hoje.
Na época da transladação dos restos mortais desse mártir, uma terrível peste assolava Roma, onde muitas pessoas morreram. Entretanto, tal epidemia desapareceu a partir da daquele momento. O que explica os clamores de intercessão a ele, contra a peste, fome e guerra.
