Tragédia climática no Rio Grande do Sul

Antes da atual tragédia climática que devastou o Rio Grande do Sul, cientistas já estavam de olho no Brasil. Em 2023, o país tinha enfrentado 12 eventos climáticos extremos, incluindo cinco ondas de calor, três chuvas intensas, uma onda de frio, uma inundação, uma seca e um ciclone. 
Segundo o relatório da Organização Meteorológica Mundial, mais de 300 cidades tiveram impactos significativos em várias regiões do país no ano passado. Já nas últimas semanas, somente no Rio Grande do Sul, 458 municípios foram afetados pelas enchentes que viraram notícias em todo o mundo. Vale destacar que 2023 foi marcado como um dos mais quentes já registrados na história, aproximando a Terra do seu “limite seguro”. 
Em julho do ano passado, por exemplo, a Amazônia foi atingida por uma onda de calor, considerada sem precedentes, que contribuiu para uma das piores secas registradas. Na outra ponta do país, o Estado gaúcho enfrentou quase dez eventos extremos em menos de um ano. Desde as tempestades no Vale do Taquari em setembro de 2023, passando pelas enchentes em São Borja, Itaqui e Uruguaiana em outubro, até a estiagem em Barra do Rio Azul, em novembro do mesmo ano. O atual, que estamos observando agora, é sem dúvidas o mais catastrófico, com perdas imensuráveis. 
Especialistas alertam que esse tipo de evento deve se tornar cada vez mais frequente, à medida que a crise climática global se aprofunda. “Estamos diante de um choque de realidade triste, mas que precisa ser encarado. O momento chegou, e a população sente os efeitos devastadores dessas mudanças climáticas”, afirma Gustavo Loiola. 
O especialista explica que para lidar com essa situação, duas frentes de ação são essenciais: a redução de emissões de gases de efeito estufa e a adaptação aos impactos já em curso. “Como comunidades e organizações, podemos nos preparar para os desafios climáticos por meio da adaptação e resiliência. Investir em infraestrutura resistente, desenvolver planos de emergência, adotar práticas sustentáveis e aprender com soluções baseadas na natureza são passos cruciais para promover um futuro mais seguro e sustentável”.

Fonte:
https://www.ecodebate.com.br/2024/06/03/tragedia-climatica-no-rio-grande-do-sul-licoes-de-um-desastre/
 

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