Trabalhadores rurais fazem manifesto em Brasília

 

 

Trabalhadores rurais, quilombolas e indígenas começaram, ontem, a se reunir em Brasília (DF) para uma marcha que será encerrada com um grande ato na capital federal, com o objetivo de pressionar o governo, a Justiça, a Câmara dos Deputados e o Congresso Nacional, para a realização da reforma agrária, demarcação de terras indígenas e pelo direito dos quilombolas à terra.

"Saímos de Goiás e estaremos em Brasília amanhã ", diz um dos líderes da FNL (Frente Nacional de Luta Campo e Cidade), José Rainha Júnior. Segundo ele, estarão reunidos cerca de mil representantes da FNL, sendo mais de 200 da região de Presidente Prudente. Eles irão se juntar amanhã aos cerca de 2 mil manifestantes na Praça dos Três Poderes.

"Nós temos pautas a tratar no Ministério das Cidades, sobre a questão da habitação e também nos ministérios da Fazenda e da Agricultura, sobre o repasse de recursos e a reforma agrária. Ainda vamos ao STF falar sobre a criação de varas agrárias e das ouvidorias agrárias nos Estados", detalha Rainha.

Marcha reúne trabalhadores rurais, quilombolas e indígenas

Ele acrescenta que pretende procurar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB). "Por uma questão política, pois temos a consciência de que as decisões a nível federal são determinadas por ele e não mais pela presidente Dilma Roussef ", completa.

O líder da entidade destaca também que a partir desta segunda-feira devem ser realizados protestos nas sedes regionais do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e do Itesp (Fundação Instituto Terras do Estado de São Paulo), inclusive em cidades na região de Prudente. O ato em Brasília deve ocorrer na segunda-feira, quando a marcha incluindo trabalhadores rurais, índios e quilombolas deve sair às 6h, do Parque da Cidade, em direção ao prédio do Congresso Nacional, na capital federal.