Torcendo Contra

Sandro Villar

O Espadachim, um cronista que torce para o quanto melhor, melhor

CRÔNICA - Sandro Villar

Data 13/07/2021
Horário 05:30

E não é que milhares - talvez milhões - de brasileiros torceram para a Argentina contra o Brasil na final da Copa América? Quando o Di Maria marcou o gol que deu o título aos hermanos soltaram rojões aqui em Prudente.
Ninguém me contou. Eu ouvi e certamente não foram argentinos que moram em Prudente os responsáveis pela comemoração do título com rojões. Ou foguetes, como se dizia em outros tempos menos estúpidos.
Se houve foguetório em Prudente, acredito que o ato se repetiu Brasil afora. Ou Brasil adentro, sei lá, dona Lalá. Que se passa? Por que brasileiros torceram contra o Brasil? As redes sociais ficaram "inundadas" de comentários, a maioria contra, como é óbvio.
Internautas disseram que torceram contra porque a vitória da Seleção do Tite Titês poderia fortalecer o fascismo que assola o país. Pode ser. Quem é que sabe? O que se sabe é que o Mussolini usava conquistas esportivas para exaltar os feitos da ditadura dele na Itália. Hitler também fazia isso na Alemanha.
Especulações à parte, o fato é que a Argentina mereceu ser campeã, conquistando o título pela 15ª vez. Com isso, igualou-se ao Uruguai, que também tem 15 títulos.
E o Brasil? Continua com aquele joguinho enfadonho e tedioso, jogando de lado, sem criatividade. A Neymar dependência é uma realidade. A Seleção não pode depender só do Neymar para ganhar jogos.
Tite Titês deveria também convocar jogadores que atuam no Brasil, como os flamenguistas Bruno Henrique e Pedro. Mas é o tal negócio: o técnico prefere chamar a Legião Estrangeira que atua na Europa. Sempre os mesmos. Tem até um pombo (Richarlison) que se junta aos canarinhos quando há convocações.
Comparadas com as seleções europeias, as seleções sul-americanas apresentam um futebolzinho medíocre e sem criatividade, como disse acima. Enquanto a Europa está repleta de craques, por aqui - América do Sul -, o torcedor conta nos dedos os jogadores que são craques: Messi, Neymar, os uruguaios Cavani e Luis Suárez e os colombianos James Rodríguez e Cuadrado. 
Do jeito que está será difícil uma seleção do continente ganhar a Copa do Mundo no ano que vem. Está bem: o futebol é uma caixinha de surpresas. Ou seria uma caixinha 2 de surpresas? 

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