A região de Presidente Prudente está no meio geográfico utilizado por traficantes para transportar drogas e armas, que alimentam a criminalidade nos grandes centros urbanos. E são nas rodovias que fazem fronteiras com Estados vizinhos que as equipes de TOR (Tático Ostensivo Rodoviário) da 2ª Companhia de Policiamento Rodoviário colocam em prática as estratégias que interceptam o percurso de materiais ilícitos, em sua maior parte, entorpecentes.
Conforme o levantamento cedido à reportagem, em 2019 os policiais apreenderam 24.907 kg de drogas na região. No balanço mais recente, de janeiro a maio, foram 10.900 kg, quantidade que varia dependendo do tipo de apreensão. “Os policiais que temos aqui são extremamente especializados e têm muito conhecimento de como essa droga entra no Estado. Então, dentro das nossas possibilidades, a Polícia Militar, através do policiamento rodoviário, vem sempre atuando para evitar que essas drogas e armas cheguem aos seus destinos”, salienta o comandante da companhia, capitão-PM André Domingos Pereira.
O transporte destes materiais é feito por veículos de várias modalidades: de carga, passeio e ônibus de linhas regulares. São eles os alvos das fiscalizações do Tático Ostensivo Rodoviário. “Não são todos os veículos abordados, há uma prévia seleção, geralmente, onde a equipe está parada”, explica o capitão. “Há um levantamento estatístico indicando os locais de maior indício e possíveis rotas para que a gente monte operações com equipes e que elas fiquem no local correto”.
No momento da abordagem, a entrevista com o condutor é considerada “uma das maiores ferramentas”. O comandante afirma que não é fácil identificar o traficante, o que requer treinamento prático e experiência dos policiais. “Nos últimos seis, sete anos, nossas equipes foram as que mais apreenderam drogas no Estado, muito à frente das outras”, comenta o capitão André.
PARCERIA COM
OUTRAS EQUIPES
A Polícia Militar Rodoviária analisa que é visível a tentativa dos traficantes que tentam ludibriar as fiscalizações, principalmente, na maneira como escondem os materiais ilícitos. Aquela famosa técnica de esconder a droga na mala, por exemplo, quase não é tão corriqueira, segundo o comandante.
Diante disso, é importante o estudo e a troca de informações entre policiais de outras regiões para que estejam atentos quanto às novas técnicas. “Esse conhecimento fica armazenado com o policial, que usa durante a vistoria”, expõe André. “Temos um trabalho bem atuante na região”.
PRODUTIVIDADE DO TÁTICO OSTENSIVO
24.907 kg
de entorpecentes apreendidos no ano passado10.900 kg
de entorpecentes apreendidos de janeiro a maio deste ano