O cantor, compositor e ator, Tony Tornado, comemorou ontem 90 anos de idade. Nasceu em 26 de maio de 1930, e foi batizado como Antonio Viana Gomes. Nos anos 70 ficou famoso por ser uma das vozes pioneiras da black music, e balançou o país ao vencer a sexta edição do FIC (Festival Internacional da Canção), realizado em 1970, com o sucesso “BR 3”, de autoria de Antonio Adolfo e Tibério Gaspar. Tony surgiu com muita força, influenciado pelo soul de James Brown, e em sua apresentação foi acompanhado pelo Trio Ternura, num tempo em que a nação vivia os anos de chumbo.
UMA "MISSÃO MAIOR"
Para Tony Tornado, não bastava só o sucesso como cantor e afirmava que tinha uma missão maior, que era a de defender a classe negra, tão vilipendiada no Brasil. Engajou-se na luta contra a ditadura, e foi exilado, tendo morado no Uruguai, Tchecoslováquia e Cuba. Anistiado, voltou ao Brasil, e participou de inúmeros filmes e telenovelas, além de atuar em muitas peças teatrais.
TONY QUEBRANDO REGRAS
Tony Tornado, ao completar 90 anos, quebra uma regra, porque seu pai ainda está vivo com 108 anos de idade. E quem ainda não viu aquela placa em muitos estabelecimentos comerciais, principalmente bares, "Fiado só para maiores de 90 anos acompanhado do pai"? Tony Tornado esteve em Presidente Prudente, em 1972, e tive o prazer de entrevistá-lo no antigo Restaurante Shoyama, um tradicional ponto de encontro da sociedade prudentina na época. Recordo que o ingresso custava 5 cruzeiros, e o Tony bem simpático convidou o público e disse "quem não tiver 5 cruzeiros, não vai me ver cantar", e riu muito.
MUDANÇAS DE HÁBITO
Estamos vivenciando um tempo com muitas mudanças de hábito, e com certeza por uma boa causa, ou seja, a saúde de todos. Não estão acontecendo as reuniões de final de tarde, seja nos bares ou na praça da matriz. As domingueiras com churrasco e cerveja estão sendo adiadas e as famílias estão mais recolhidas em seus lares. Pelo menos em Indiana o isolamento social vem ocorrendo com muita consciência pela maioria das pessoas. Quando alguém sai sem máscara, sempre é advertido por um amigo, e não entra em estabelecimentos comerciais de cara limpa. Prevenir é dever de todos!
RECURSOS PARA MARTINÓPOLIS
O deputado Ed Thomas (PSB), através de emenda, liberou recursos na ordem de R$ 100 mil para a cidade de Martinópolis. A finalidade desse montante é propiciar ao município a compra de uma viatura 4x2, motosserra, tenda, gerador elétrico, holofote torre e um kit de combate a incêndios. Todos esses equipamentos serão entregues ao Corpo de Bombeiros, que trabalha sob o lema "Defesa Civil protege você".
COVID-19
Pelas últimas informações que recebemos, os números sobre Covid-19 continuam inalterados. Em Indiana são oito casos confirmados e nenhum óbito. Martinópolis soma seis casos e um óbito, e Regente Feijó oito casos, e nenhum óbito. A maioria das pessoas age de acordo com as normas de saúde exigidas pelas autoridades médicas.
UMA TRADIÇÃO INDIANENSE
A cidade de Indiana tem uma tradição de muitas décadas, que é a entrega de pães pela Padaria Marabá. Nos meus tempos de criança, era uma charrete que diariamente levava os pães nas casas, e antes mesmo do sol nascer deixava o pão de cada dia nas residências, que habitualmente tinham uma caixa no muro ou na cerca de balaustre, que era muito comum na época. O padeiro já sabia quantos pães deveria deixar e a conta era paga no final de cada mês. Os padeiros utilizavam uma buzina, tipo fonfon, para chamar a atenção das pessoas que não faziam os pedidos com antecedência. Hoje quem faz essa entrega todos os dias, com uma kombi branca, é Tóti Garrido, enquanto dona Neuza fica no balcão atendendo os clientes. Saudades do senhor Pedro Garrido, que nos deixou não faz muito tempo. Mas a tradição continua, mesmo aos domingos.
CEMITÉRIO SEM NOME
Na última reforma ocorrida no cemitério de Indiana, e que já faz um bom tempo, não sabemos o motivo, mas retiraram a placa que levava o nome do Padre Chico, como ele era chamado carinhosamente por todos. Padre Chico era holandês e veio para o Brasil muito cedo e aqui se radicou e faleceu. Está sepultado no cemitério municipal, porém, a placa foi retirada e inexplicavelmente não foi recolocada. Pelo menos escrevam o nome, para que continue a justa homenagem.
EM TEMPO
Não há nada melhor nesta vida do que um reencontro de pessoas amigas, com as quais já convivemos, trabalhamos, e com isso criamos um laço afetivo que perdurará para sempre. No último sábado, tive a surpresa agradável de receber em minha casa dois grande amigos, ex-companheiros de radiofonia. Adilson Brevilheri e Hélio Carreiro, ambos vieram para matar saudades e duas horas não foram suficientes para colocarmos o papo em dia. Trabalhamos juntos na Prudente FM (101,1) e Rádio Presidente Prudente, e há quase 30 anos não nos víamos. Foi uma manhã maravilhosa, relembrando muitas passagens, aliás, algumas bem engraçadas. Um abraço, companheiros!