Durante três anos, os processos de tombamento da Praça Nove de Julho e do prédio onde funcionava o IBC (Instituto Brasileiro do Café) seguem indefinidos em Presidente Prudente. A possibilidade de preservação dos referidos locais iniciaram em 2015, quando o Comudephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico) teve o pedido negado. Contudo, no ano anterior, o órgão efetuou um novo protocolo, para o qual, até então, não houve retorno.
Segundo o presidente do Comudephaat, Josué Pantaleão da Silva, na época da primeira negativa estava sendo catalogada toda a documentação necessária para dar entrada aos processos de tombamento, que consiste nos dados históricos, plantas do terreno e fotos antigas. Já neste novo processo, pontua que o conselho aguarda a avaliação e o parecer das pastas do município, que não possuem um prazo determinado para finalização.
“Fazemos um levantamento histórico e reunimos as documentações necessárias. Após isso, entramos com o processo, que é encaminhado à Prefeitura para fazer os trâmites e passar pelas pastas para análise do pedido e, por fim, emitir um parecer positivo ou não”, explana. O presidente informou ainda que, em média, um processo de tombamento leva cerca de quatro meses para ser finalizado. Questionada sobre o andamento dos pedidos, a administração municipal, por meio da Secom (Secretaria Municipal de Comunicação), disse apenas que as questões relativas a tombamento são de responsabilidade do Comudephaat.
Processos definidos
Atualmente, Prudente conta com quatro bens patrimoniais tombados. Trata-se do Museu e Arquivo Histórico Prefeito Antônio Sandoval Netto – Antigo Matadouro; o Centro Cultural Matarazzo – antigo Barracões da IRF Matarazzo; o Bebedouro de Animais em frente à Antiga Estação Ferroviária; e o mais recente, a chaminé e galpão da antiga Sanbra (Sociedade Algodoeira do Nordeste Brasileiro), localizada na Vila Furquim.
Para o presidente do Comudephaat, a quantidade de locais tombados é vista como uma vitória, levando em consideração os processos para a preservação da história. Contudo, considera que o número é baixo para a dimensão da cidade, que diz ter outros espaços para serem tombados, ainda mais após a comemoração de seu centenário. “É uma valorização da parte histórica de Prudente. É um processe lento e muito delicado, mas importante para não perder a memória para a população futura”, ressalta.
Por fim, explica que, depois de tombado, um local é considerado como um patrimônio histórico do munícipio, que pode ser utilizado após verificar a utilidade do espaço, desde que não sofra alterações em sua estrutura interna e fachada, ou seja, mantenha a sua característica histórica.
