Tempo rei

O tempo, algo tão sublime e ao mesmo tempo instigante. O tempo passa muito rápido quando desejamos permanecer ali. Perdura uma eternidade, quando ansiamos pelo seu fim. O tempo, para alguns é fugir do tempo presente. Outros permanecem fixados no tempo passado. Uns ausentam-se do presente idealizando um futuro que poderá não realizar-se. 
Gilberto Gil canta: “Não me iludo, tudo permanecerá do jeito que tem sido. Transcorrendo, transformando; tempo e espaço navegando todos os sentidos. Pães de Açúcar, Corcovados fustigados pela chuva e pelo eterno vento. Água mole, pedra dura tanto bate que não restará nem pensamento. Tempo rei, ó, tempo rei, ó, tempo rei, transformai as velhas formas do viver. Ensinai-me, ó, pai, o que eu ainda não sei. Mãe Senhora do Perpétuo, socorrei... Vejam como as águas de repente, ficam sujas. Não se iludam, não me iludo, tudo agora mesmo pode estar por um segundo...”. 
Refletindo, observamos a profunda passagem do tempo e a impermanência das coisas. Tudo encontra-se em constante fluxo e a realidade não é estática. Tempo rei, como refrão, personifica o tempo como uma entidade soberana, capaz de alterar as velhas formas do viver. Há então, o tempo para elaborar lutos, perdas e ganhos. E a vida é transitória, devemos buscar sabedoria e adaptação diante das forças do tempo.
Lamentavelmente, ouvimos muito as crianças contarem sobre a sua solidão. Dizem que não brincam pela infinidade de atividades extracurriculares em sua dinâmica do dia a dia. Aqui, expressam brincando sobre sua “refrigeração” interna de sua alma. Há o tempo para o brincar. É preciso brincar sempre. O que mais ouvimos é que: Não tenho tempo. Descansar é preciso.
Em Gênesis, no velho testamento, a Bíblia nos ensina que: “No princípio, Deus criou o céu e a terra. A terra estava sem forma e vazia; as trevas cobriam o abismo e um vento impetuoso soprava as águas". Deus disse: “Que exista a luz”. E a luz começou a existir. Deus viu que a luz era boa. E Deus separou a luz das trevas: à luz Deus chamou “dia”, e às trevas chamou “noite”. Houve uma tarde e uma manhã; foi o primeiro dia... O segundo dia, terceiro, quarto, quinto e sexto dia. “Assim foram concluídos o céu e a terra com todo o seu exército. No sétimo dia, Deus terminou todo o seu trabalho; e no sétimo dia, Ele descansou de todo o seu trabalho". Deus então abençoou e santificou o sétimo dia, porque foi nesse dia que Deus descansou de todo o seu trabalho como criador". Essa é a história da criação do céu e da terra, a origem do mundo e da humanidade.
 

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