Tempo "no escuro” diminui para consumidores

Na região, período sem energia em 2015 foi de 12h em média, enquanto interrupção no ano passado ficou em 10h, em média

PRUDENTE - MARIANE GASPARETO

Data 15/04/2017
Horário 09:07
 

Enquanto em 2015 a região de Presidente Prudente ficou em média 12 horas às escuras, em 2016, o período médio no qual os moradores ficaram sem energia, em 22 conjuntos elétricos que abrangem as cidades do oeste paulista, caiu para cerca de 10h, com algumas exceções. No período, as indenizações aos consumidores alcançaram R$ 1.343.547,47.

Segundo dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) referentes à DEC (duração equivalente de interrupção por unidade consumidora), em 45% (10) dos conjuntos o índice ficou acima do limite estabelecido pela agência reguladora. Já para a FEC (frequência equivalente de interrupção por unidade consumidora), o percentual foi de 27,27% (6).

Jornal O Imparcial Em 2016, interrupções de energia geraram indenizações de R$ 1.343.547,47 a consumidores

O primeiro indicador demonstra a quantidade média de horas que os consumidores de um conjunto elétrico ficaram sem energia elétrica, e o segundo aponta as pausas no fornecimento de energia. Os números servem para avaliar a continuidade do fornecimento do serviço e a qualidade, apurando interrupções com mais de 3 minutos, sendo admitidos alguns expurgos.

Os limites são definidos pela Aneel e regulamentados com base no Módulo 8 do Prodist (Procedimentos de Distribuição), sendo estipulados com base no DIC e FIC, que são indicadores semelhantes aos citados acima, mas referentes às unidades consumidoras de forma individual. Com base nesses números, a agência reguladora estipula indenizações aos consumidores eventualmente lesados por interrupções no fornecimento de energia, valor que chegou a R$ 1.343.547,47 no ano passado para os 22 conjuntos da região, pertencentes ao Grupo Energisa e à Elektro Distribuidora de Energia.

 

Qualidade do serviço

O Grupo Energisa, ao qual pertence a empresa Caiuá – que atende 24 cidades da região -, registrou uma redução de 28% no DEC e de 18% no FEC em 2016, em relação ao ano anterior. De modo geral, o grupo investiu neste ano R$ 129,7 milhões em toda a área de concessão. A empresa realiza um planejamento anual de ações de manutenção na rede elétrica e em áreas com bastante arborização (sujeiras a quedas de energia em períodos de chuva forte), pensando em melhorar a prestação do serviço.

O investimento em tecnologia também reflete na melhora dos indicadores, como a aquisição de "megajumpers", aparelhos que permitem a manutenção na rede sem a interrupção do serviço. O segmento foi bastante afetado no ano de 2015 em todo o território paulista, por uma situação climática atípica, com frequência de grandes temporais. No entanto, o trabalho preventivo viabilizou uma preparação maior em 2016 para essas ocorrências, melhorando os números.

Já a Elektro também apontou que teve queda no DEC de 2015 para 2016, reforçando o fato de que condições climáticas adversas são sempre potenciais agressores da rede aérea de distribuição. "A Elektro sempre trabalha com o objetivo de provocar o menor impacto para seus clientes no que se refere à qualidade do fornecimento da energia", expõe.

 
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