Uma empresa brasileira que produz telhas tradicionais, além de outros materiais utilizados nas construções, recebeu em 2019 a homologação (aprovação pelo órgão regulamentador) da sua inovação, e desde então criou e otimizou a fabricação em larga escala do seu novo produto. A empresa produz em escala telhas de concreto com células fotovoltaicas.
A telha tem diversos tamanhos e cores, parecidas com as telhas tradicionais, o diferencial é que na extensão da telha há células fotovoltaicas, que captam a luz solar e transforma em energia elétrica, essa energia pode ser estocada em baterias ou colocada na rede pública onde a concessionária de energia recebe a fornece para a rede pública, nesse caso é possível você ter essa tecnologia na sua casa e fornecer energia para o seu vizinho, mas quem transporta e entrega é a concessionária.
É necessário fazer uma análise da demanda de carga elétrica necessária para calcular a quantidade de telhas e também onde no imóvel há mais visada limpa para o sol, com o objetivo de captar o maior tempo possível de luz solar, para a nossa região isso não parece ser problema, a incidência solar durante todas as estações do ano é excelente.
Já temos na cidade e região diversas iniciativas com o painel solar, diversas empresas que fazem a análise, projeto e execução da instalação de painel solar em residências e prédios comerciais.
Essas soluções no começo são muito questionadas, testadas e até há quem pense que não irá prosseguir e que tentarão barrar este tipo de inovação tecnológica. Alguns com razão comentam que é necessário muito silício (matéria prima da célula fotovoltaica) para construir a quantidade necessária para o planeta ter energia limpa e renovável, mas, até o momento, o silício é o segundo maior material disponível no planeta, perdendo apenas para o oxigênio.
Outros especulam que o governo irá tarifar quem colocar, pois as operadoras de energia deixam de arrecadar, isso também pode acontecer e pode não ser vantajoso financeiramente instalar.
Todas as dúvidas, especulações e tentativas de bloqueio, existem em qualquer tipo de projeto inovador, o importante é saber que haverá benefícios financeiros e ambientais.
Eu fico apenas imaginando em uma reunião, onde o chefe pediu ideias para que a empresa pudesse produzir algo inovador, e alguém levantou a mão e disse; “Se colocássemos células fotovoltaicas nas telhas, assim, resolveríamos o problema do telhado da casa e ainda poderíamos gerar energia elétrica para o morador?” Rapidamente alguém teria o chamado de maluco! pois a telha é de concreto. Mas está aí aprovado, funcionando e vendendo com sucesso.
Inovar já deixou de ser necessário para ser essencial nas empresas.