Um estudo recente divulgado pela “Agência Brasil” mostra que o tamanho das porções de comida servidas em restaurantes populares contribui para o aumento da obesidade. A nutricionista e professora do curso de Nutrição da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), Sandra Cristina Genaro, explica que o excesso de comida é sim um dos agravantes para a doença, contudo, “não dá para colocar a culpa somente em uma questão pontual”.
Para tanto, a especialista busca detalhar que também vai depender de costumes e hábitos não só alimentares, mas também cotidianos. “Por exemplo, tudo depende da marmita que você pede, e do tipo de alimento que você quer. O fato de optar por uma marmita maior, em vista de uma alteração de preço não muito significativa, pode significar a ingestão de mais alimentos”.
Contudo, a culpa, de acordo com Sandra, não é da quantidade de alimentos, mas sim do costume. Apesar do peso da porção, ela esclarece que, hoje, é possível driblar tais situações. “Já existem alguns locais que são mais especializados, com alimentos mais saudáveis e marmitas calculadas de acordo com o peso, de forma balanceada”, completa. E nos casos em que se opta por uma comida maior em vista do preço, custo-benefício, a dica é dividir com alguém ou até mesmo terminar de consumi-la em outra refeição.
Na prática, essa busca pelo custo-benefício é sentida no restaurante Don Tavares, por exemplo. Como apurado pela reportagem no local, é exatamente isso que ocorre, em muitos casos, na hora de optar por uma alimentação de prato feito ou self-service. “Depende do que a pessoa quer, mas, na maioria das situações, percebe-se essa atitude de escolher um marmitex maior, mas para dividir entre 2 ou 3 pessoas”, complementa. Por lá, os pratos são preparados e separados em tamanhos pequeno, médio e grande.
O que acaba por seguir a dica da nutricionista. Luís Souza tem esse costume também. Pela facilidade de se alimentar através do vale-refeição, ele entende que é melhor pedir comida do que levar de casa. “Pelo preço, é melhor pegar uma maior. Mas sempre divido com alguém ou deixo para terminar em outra refeição. É uma opção melhor que jogar fora e aproveitar o custo-benefício”, fala. Quando não, ele diz que procura por algum local que sirva a alimentação conforme sua “fome”, evitando assim a ingestão desnecessária e até mesmo o desperdício de alimento.
Sendo assim, Sandra volta a reiterar que “é possível driblar essa situação”, sabendo escolher onde vai comer. “É uma questão de pesquisar. Em Prudente existem sim locais onde é possível ter uma alimentação adequada. Comer além do necessário é sim uma das situações que pode contribuir para a obesidade, porém, há escolhas”, pontua. Nos casos excepcionais, que existem, ainda de acordo com a nutricionista, a questão ultrapassa o controle da pessoa e, desta forma, é necessário um acompanhamento nutricional.