Nesta terça-feira, um tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) apareceu em uma residência do bairro Guaraniuva, em Pacaembu. Uma equipe da Polícia Militar Ambiental foi acionada para fazer o resgate do mamífero ameaçado de extinção e deslocou-se até o local. Por lá, os agentes realizaram a contenção do animal.
De acordo com a Polícia Ambiental, por não haver evidência de estar com ferimentos, o tamanduá-bandeira foi solto em seu habitat natural, em uma mata ciliar próxima ao Rio do Aguapeí, em Pacaembu.
Como noticiado por este diário, em uma situação semelhante, no fim de março, o policiamento ambiental resgatou um tamanduá-bandeira, encontrado no quintal de uma residência no bairro Santa Elizabete, em Presidente Bernardes. Logo após, ele foi solto em uma mata ciliar próxima ao Rio do Peixe, em Emilianópolis.
Já no final de abril, uma equipe da Polícia Ambiental realizou o resgate de um tamanduá-bandeira adulto, com sinais de atropelamento, que estava caído às margens da Rodovia General Euclides de Oliveira Figueiredo (SP-563), nas proximidades do Parque Estadual do Rio do Peixe, em Dracena. Após realização dos procedimentos de avaliação do estado de saúde do animal, a equipe providenciou, através de técnicas de contenção, a remoção até o Hospital Veterinário da Cidade da Criança, em Presidente Prudente, onde permaneceria aos cuidados de profissionais capacitados.
O tamanduá-bandeira pode atingir 2,4 metros de comprimento, da ponta do focinho à ponta da cauda. Possui pelagem marrom-acinzentada, as patas dianteiras são brancas, seu peito e dorso são marcados por listras pretas e sua cauda é volumosa.
Os tamanduás-bandeira podem ser encontrados em toda a América do Sul e Central, embora sua população tenha diminuído consideravelmente na América Central. Para prosperarem, eles precisam se movimentar por grandes áreas com florestas. Eles geralmente são encontrados em florestas tropicais e secas, savanas e pastagens abertas, onde há abundância de formigas, que são fundamentais para sua alimentação.
Estes mamíferos geralmente são animais solitários e as fêmeas têm um único filhote uma vez ao ano, que às vezes pode ser visto agarrado nas costas de sua mãe. Os filhotes deixam a mãe depois de dois anos, quando são considerados totalmente adultos.
De acordo com Decreto 63.853/18 da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), que versa sobre a ameaça de extinção de espécies da fauna silvestre no Estado, o tamanduá-bandeira está ameaçado de extinção na situação de vulnerável, ou seja, espécie que apresenta alto risco de extinção a médio prazo.
Foto: Reprodução/Polícia Ambiental
Por não haver evidência de estar com ferimentos, tamanduá-bandeira foi solto em mata ciliar próxima ao Rio do Aguapeí, em Pacaembu
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