Suely Zambelli, assistente social

Esportes - Jefferson Martins

Data 29/05/2016
Horário 11:20
 

Ela demorou a aceitar a condição de ser indicada para conduzir a Tocha Olímpica, no entanto, garante que agora está ansiosa e cheia de expectativa para viver o momento. A assistente social, Suely Zambelli Silva de Souza, 67 anos, é uma das 41 pessoas, que em Presidente Prudente, dia 27 de junho, terá o privilégio de conduzir o fogo olímpico, ao longo de 200 metros.

Suely conta que não sentia que merecia ser uma das escolhidas, já que não tinha ligação alguma com esporte. "Quando chegou um e-mail que eu estava em uma pré-seleção, eu liguei para a minha filha Daniela, e ela me mostrou as 46 histórias, e parecia um mosaico de vida. Umas até engraçadas, e eu comecei a chorar. Aí ela voltou a me questionar, e eu relutei a aceitar", fala.

Jornal O Imparcial "Por alguns minutos, serei a única pessoa no mundo a ter em mãos a chama olímpica", diz Suely

Depois de muita luta, Suely enfim resolveu dizer sim à Tocha. "Não posso imaginar como será minha emoção ao pisar no trecho que caberá a mim carregar a Tocha Olímpica. Sei que vou tremer nas bases, mas só de que por alguns minutos, serei a única pessoa do mundo a ter nas mãos a chama que conclama a justiça social, a união universal, a amizade e a paz entre os povos, me dará força de cumprir com orgulho o meu trajeto", garante.

 

História de vida

Após passar por sete casas, Suely foi enfim adotada por Sebastião Thomaz da Silva e Amélia Zambelli Silva de Souza. "Eu só tenho a agradecer a todas essas casas, pois foram escadas para eu chegar para a minha mãe", diz. Sua mãe "de verdade", Amélia, era engajada em todos os tipos de projetos sociais possíveis, herança que recebeu. "Com 9 anos, eu dava aula para crianças, juntava dinheiro para levar para as obras do padre Leão", lembra.

Com todo histórico de lutas, pelo próximo foi escolhida a presidente do Fundo Social de Presidente Prudente, pelo então prefeito Mauro Bragato, em 1996, e ajudou a alavancar a área na cidade. Suely viveu diversos momentos bons e também ruins, porém, garante que não mudaria uma só vírgula. Hoje, na Penitenciária de Martinópolis, se dedica à área de reintegração social de egressos. "Meus méritos são apenas juntar pessoas que querem fazer o bem e não sabem como", finaliza ela, que é mãe de três filhas, vó de sete netos (seis meninas e um menino) e esposa do Hamilton.

 
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