Sub-19 pode ficar fora dos jogos

DIFICULDADES Após ano com vitórias, time sofreu corte de verbas municipais e corre o risco de não competir nesta temporada

Esportes - THIAGO MORELLO

Data 22/02/2017
Horário 10:20


O time de basquete feminino sub-19 de Presidente Venceslau passa por dificuldades e pode não participar das competições que ocorrem nesta temporada. Antiga sub-17, a equipe terminou o ano de 2016 com bons resultados, mas começou 2017 com preocupação e muito trabalho a ser feito. Com a virada do ano, o grupo sofreu um corte de verba da ABPV (Associação de Basquetebol de Presidente Venceslau), que decidiu não manter a ajuda por conta da crise financeira. Diante da notícia, a comissão técnica ficou à mercê de poucos recursos e intensificou as buscas por patrocinadores que possam manter a equipe em disputas pelos campeonatos da FPB (Federação Paulista de Basketball).

Jornal O Imparcial Treinadora Christi Ane expõe que cenário atual é de incertezas

A treinadora do grupo, Christi Ane Hammerschmidt, afirma que o cenário atual, "infelizmente", é de incertezas e correrias. Devido à decisão da ABPV, ela garante que está atrás de ajuda perante amigos e empresários da cidade. "A verba que a gente recebia era para suprir alimentação, salário, materiais esportivos, passagens de atletas, ajuda de custo para as meninas. Então, de repente recebemos a notícia de que não teremos mais esse apoio. Me programei e comecei a ir atrás de mais patrocinadores para manter o time. Felizmente, fiquei satisfeita com a recepção das pessoas e da população, que entendem os problemas que estamos enfrentando. Elas estão ajudando. Não é muito, porque todos sentimos a crise financeira, mas já é uma reação, pelo menos", explica.

Além das dificuldades relatadas, Christi Ane precisa lidar com outra questão. Por causa do momento de incertezas, três jogadoras do clube que receberam outras propostas optaram por sair do Presidente Venceslau. "A pivô Geovana Fonseca, que é uma das atletas de base mais eficiente desse país, foi uma grande perda. Ela acertou com o Jundiaí. A ala/pivô Emily Floretino, que é venceslauense, foi defender o Tupã nessa temporada, enquanto a Thayna, que também é ala/pivô, optou por parar de jogar e se dedicar aos estudos. Ou seja, hoje tenho oito meninas na equipe e preciso contratar pelo menos duas. Aí caímos em outra dificuldade, pois as equipes que vão participar das competições já estão definidas, com isso, as boas jogadoras já estão encaixadas. Vamos ter que lidar com essa baixa no grupo", completa.

Mesmo com problemas e desfalques, a técnica garante que os trabalhos vão continuar "até o limite". Donas do título de campeã da fase nacional dos Jogos Escolares da Juventude de forma invicta, no ano passado, as meninas já estão na terceira semana de treinos e esperam que a má fase seja passageira. "A gente luta e faz isso porque acredita em algo maior. Sabemos que mudamos as vidas de muitas pessoas e não podemos desistir assim tão fácil", finaliza Christi Ane.

 
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