SP vai retomar vacinação de grávidas e puérperas com doses da Coronavac e Pfizer

Mulheres desses grupos que tenham comorbidades poderão garantir o imunizante a partir da próxima segunda-feira

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 12/05/2021
Horário 16:24
Foto: Governo estadual
Remanejamento da vacinação permitirá que este público volte a ser atendido
Remanejamento da vacinação permitirá que este público volte a ser atendido

O governador João Doria (PSDB) anunciou nesta quarta-feira a retomada da vacinação contra Covid-19 das grávidas e puérperas (mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias) com comorbidades a partir da próxima segunda-feira.

"Preocupados com a imunização das grávidas, orientamos para que, a partir da próxima segunda-feira, elas possam ser vacinadas em todo o Estado de São Paulo, não havendo portanto interrupção de um tempo maior. Isso será possível por conta do remanejamento da vacinação e entrega de novas doses da vacina do Instituto Butantan e da Pfizer realizadas hoje", afirmou o Governador.

A data de retomada foi definida graças ao remanejamento da vacinação e entrega de mais doses da vacina do Butantan ao Ministério da Saúde na manhã de hoje e à chegada de mais imunizantes da Pfizer a São Paulo.

No total, 100 mil gestantes e mulheres adultas (com 18 anos ou mais) que tiveram partos recentes poderão se vacinar com estes dois tipos de vacinas.

Inicialmente, a imunização deste público estava prevista para começar ontem, mas foi suspensa pelo Ministério da Saúde e pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) com as vacinas da Fiocruz/Astrazeneca especificamente para as mulheres com estes perfis. Os demais públicos seguem contando com este imunizante, que é seguro e eficaz.

O governo federal sinalizou que emitirá nota técnica com relação às gestantes que já receberam a primeira do imunizante.

"O planejamento que nós fazemos todo o tempo nos permite que, no dia 17 de maio, a gente reabra para este grupo que ontem, logo pela manhã, foi suspenso. O Estado de São Paulo foi um dos primeiros a suspender a vacinação das gestantes e puérperas com comorbidades acima de 18 anos com a vacina da AstraZeneca. Faremos agora com a vacina do Butantan e o município de São Paulo também tem a da Pfizer", explicou a coordenadora geral do PEI (Programa Estadual de Imunização), Regiane de Paula.

As grávidas em qualquer período gestacional deverão também apresentar comprovante de acompanhamento e/ou pré-natal ou laudo médico. As puérperas podem utilizar a declaração de nascimento da criança.

Para ambos os casos, é necessário comprovar a comorbidade apresentando documentos de saúde como exames, receitas, relatório ou prescrição médica, bem como cadastros pré-existentes nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde).

Relação de comorbidades definidas pelo Ministério da Saúde

• Doenças Cardiovasculares
• Insuficiência cardíaca (IC)
• Cor-pulmonale (alteração no ventrículo direito) e Hipertensão pulmonar
• Cardiopatia hipertensiva
• Síndromes coronarianas
• Valvopatias
• Miocardiopatias e Pericardiopatias
• Doença da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas
• Arritmias cardíacas
• Cardiopatias congênitas no adulto
• Próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados
• Diabetes mellitus
• Pneumopatias crônicas graves
• Hipertensão arterial resistente (HAR)
• Hipertensão arterial - estágio 3
• Hipertensão arterial - estágios 1 e 2 com lesão e órgão-alvo e/ou comorbidade
• Doença Cerebrovascular
• Doença renal crônica
• Imunossuprimidos (transplantados; pessoas vivendo com HIV; doenças reumáticas em uso de corticoides; pessoas com câncer).
• Anemia falciforme e talassemia maior (hemoglobinopatias graves)
• Obesidade mórbida
• Cirrose hepática

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